Filha trans de Musk reage à medida de Trump contra ideologia de gênero
Vivian, de 20 anos, pediu que toda pessoa trans leia a ordem executiva do presidente que sexos masculinos e femininos "não são mutáveis"

Vivian Jenna Wilson, de 20 anos, filha trans de Elon Musk com casamento do magnata com a escritora canadense Justine Wilson, se manifestou nas redes sociais após Donald Trump publicar uma ordem executiva definindo que nos Estados Unidos os gêneros masculinos e femininos não são mutáveis.
“Quero que cada pessoa trans leia este documento. É importante entender contra o que estamos lutando e a falta de vergonha do ódio deles”, ela escreveu. Antes, Vivian já havia usado um eufemismo com naipes de cartas para criticar o gesto de seu pai, que foi comparado com uma saudação nazista.
Quando Trump foi eleito, Vivian postou nas redes sociais que iria deixar os Estados Unidos alegando que o país havia se tornado perigoso para pessoas trans. Ela passou por uma cirurgia de redesignação de gênero há quase três anos, quando alterou seu nome de batismo. Elon Musk afirmou não reconhecer mais Vivian como sua herdeira dizendo que seu filho foi morto pelo vírus da “mente woke”. Vivian rebateu o pai dizendo que ele sempre foi pouquíssimo presente. “Obviamente, meu pai não pode dizer nada do que ele falou. Fui reduzida a um pequeno estereótipo que pode ser usado no critério dele. Acho que isso diz muito sobre como ele vê as pessoas queer e crianças em geral”, ela disse na época.
A ordem executiva de Trump assinada no dia de sua posse, afirma que “Ideólogos que negam a realidade biológica do sexo têm usado cada vez mais meios legais e outros meios socialmente coercitivos para permitir que os homens se identifiquem como mulheres e tenham acesso a espaços e atividades íntimas de um único sexo, projetadas para mulheres, desde abrigos para abuso doméstico até chuveiros femininos no local de trabalho. Isso é errado”.
O documento continua: “É política dos Estados Unidos reconhecer dois sexos, masculino e feminino. Esses sexos não são mutáveis e são baseados em realidade fundamental e incontestável (…) Os formulários da agência que exigem o sexo de um indivíduo devem listar masculino ou feminino, e não devem solicitar identidade de gênero.”