Fátima Bernardes responde se salvaria o policial ou o traficante
Apresentadora foi alvo de críticas após promover enquete sobre ética médica
Depois da polêmica pesquisa realizada no programa Encontro na última semana, Fátima Bernardes resolveu se explicar ao vivo no programa desta terça-feira, e disse que, pessoalmente, iria socorrer um policial em um caso de emergência. A enquete questionava os convidados do programa sobre quem eles salvariam primeiro: um policial levemente ferido ou um traficante em estado grave.
Após o programa, muitos internautas saíram em defesa dos policiais e foi criada inclusive a hashtag #EuEscolhoPoliciais. No programa desta terça, a apresentadora explicou sua posição. “(O programa) Sempre vai estar ao lado da polícia, que trabalha legalmente. No dia eu nem dei opinião, mas eu, Fátima, certamente iria socorrer o policial, mas eu não sou médica, eu poderia fazer isso. Certamente escolheria quem está ao lado da lei para ser tratado. Um traficante tem direito a um advogado, e nem por isso vamos atacar o advogado por defendê-lo, nem atacar um médico que, por questões profissionais, optou por tratar quem estava em maior risco de vida. A questão era essa”, completou.
Ela continuou se posicionando e revelou qual era o objetivo do Encontro ao abordar essa questão. “Não houve escolha pelo tráfico em detrimento do trabalho policial. A nossa discussão girou em torno da questão ética. O que me surpreendeu muito na repercussão das redes é como se o programa tivesse feito uma opção pelo traficante, e não pela polícia”, disse.
Entre os convidados do programa estavam o médico Fernando Gomes Pinto, consultor recorrente da atração, que falou sobre o juramento profissional e a ética do médico, que busca atender qualquer paciente independentemente de quem ele seja. No sofá do Encontro também estava o major Ivan Blaz, porta-voz da PM do Rio de Janeiro, que comentou a polêmica. “A enquete trata de um dilema específico da área médica, que não é nenhuma novidade. De acordo com a ética médica, não há o que discutir. É importante que venhamos esclarecer isso, nós temos aqui quase 1 milhão de agentes de segurança que se sentiram ofendidos”, declarou o policial.
A explicação completa de Fátima Bernardes pode ser vista no site do Encontro.
(Com Estadão Conteúdo)