Emmy 2017: ‘Stranger Things’ decepciona em noite de ‘Big Little Lies’
Prêmio principal foi para ‘The Handmaid’s Tale’, ofuscando a produção da Netflix. Já a série da HBO levou todas, como esperado
Por Meire Kusumoto
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Atualizado em 18 set 2017, 00h57 - Publicado em 18 set 2017, 00h41
Quem esperava ver as crianças fofas de Stranger Things subirem ao palco do Emmy 2017 para coletar a estatueta de melhor série dramática se desapontou. Favorita, a produção acabou desbancada por The Handmaid’s Tale, do serviço de streaming concorrente da Netflix, Hulu, que se passa em um futuro próximo e distópico, em que os Estados Unidos foram transformados em uma nação fria e desumana. Além de vencer o troféu mais importante da noite, o seriado também rendeu a estatueta de melhor atriz em série dramática para Elisabeth Moss (Mad Men), de atriz coadjuvante para Ann Dowd – que concorria com Millie Bobby Brown, de Stranger Things –, de roteiro a Bruce Miller e de direção a Reed Morano.
Outro destaque da festa foi a série da HBO Big Little Lies. A produção, inspirada pelo romance de mesmo nome de Liane Moriarty, confirmou seu favoritismo ao ganhar cinco troféus: melhor série limitada, atriz para Nicole Kidman – seu primeiro Emmy da carreira –, ator coadjuvante para Alexander Skarsgard, atriz coadjuvante para Laura Dern e direção para Jean-Marc Vallée.
Nas categorias de comédia, os maiores premiados foram os queridinhos VeepeSaturday Night Live. A produção da HBO que satiriza a política americana levou os troféus de série cômica e atriz (para Julia Louis-Dreyfus, seu sexto prêmio pelo mesmo papel, um recorde). Já o programa da NBC ficou com prêmios por ator coadjuvante em série cômica (para Alec Baldwin), atriz coadjuvante (para Kate McKinnon), melhor programa de esquetes e direção de programa de variedades (para Don Roy King).
A festa, como todo ano, foi corrida. Não deu muito tempo para fazer piadas e nem longos discursos – Sterling K. Brown, vencedor da estatueta de melhor ator em série dramática por This Is Us, por exemplo, até tentou se alongar no agradecimento, mas não só foi interrompido pela música como teve seu microfone cortado. Um tanto deselegante por parte da produção, aliás. Apresentada por Stephen Colbert, crítico ferrenho do governo Donald Trump, a cerimônia foi menos política do que se esperava. Claro que houve provocações ao presidente americano – de Colbert, de Alec Baldwin, que o interpreta no Saturday Night Live, de Tatiana Maslany e outros –, mas os protagonistas da premiação, ou seja, os premiados, foram bem pontuais quanto às questões sociais em suas falas.
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