Elifas Andreato, autor de capas de discos icônicas, morre aos 76 anos
O artista gráfico fez capas de álbuns de músicos como Paulinho da Viola, Adoniran Barbosa, Chico Buarque, Gilberto Gil e Toquinho
























O artista gráfico Elifas Andreato, criador de algumas das capas de discos mais celebradas da MPB, morreu nesta terça-feira, 29, aos 76 anos, em São Paulo. Segundo familiares, a causa da morte foram as complicações do infarto que sofreu há alguns dias. A informação foi divulgada por seu irmão, o ator Elias Andreato, no Instagram. Seu corpo será creamado às 16h, no Crematório da Vila Alpina.
Ao longo de 50 anos de carreira, Elifas produziu mais de 300 capas de discos, principalmente nos anos 1970, de artistas como Chico Buarque, Elis Regina, Adoniran Barbosa, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Toquinho e Vinícius de Moraes. Ele também fez capas de livros, cartazes e outros icônicos trabalhos gráficos. Entre os trabalhos mais conhecidos estão Ópera do Malandro, de Chico Buarque, e Nervos de Aço, de Paulinho da Viola. Um dos últimos trabalhos de Elifas foi a capa do disco A Arte de Viver, de Toquinho, lançado em 2020.
Entre os cartazes mais famosos que fez para peças teatrais, estão os de Calabar, de Chico Buarque e Ruy Guerra, A Morte do Caixeiro Viajante, de Flávio Rangel, e de Mortos Sem Sepultura, adaptação de um texto de Jean Paul Sartre, de 1977. Elifas também fez capas de livros, como A Legião Estrangeira, de Clarice Lispector.
Em 2018, ele lançou o livro Traços e Cores, em que reuniu cerca de 1.000 obras, entre capas de discos e livros, cartazes e cenários de peças e shows.