Edição limitada resgata os Palacetes da Borracha para a COP30
Obra iconográfica foi elaborada especialmente para presentear os líderes dos países que vieram para o evento
A presidência da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) vai entregar um presente iconográfico para os representantes dos países que vieram para o evento, que abriu as portas nesta segunda-feira, 10, em Belém. Trata-se de um livro que reúne fotos da arquitetura de prédios históricos, construídos entre 1860 e 1920, quando a cidade esteve entre os centros urbanos mais ricos do mundo, graças ao ciclo da borracha. A obra traz, por exemplo, projetos de arquitetos europeus, como o italiano Antonio José Landi, radicado no Brasil, conhecido pelos trabalhos marcantes na Amazônia.
Em Belém, Landi construiu prédios, palácios e igrejas, nos estilos mais em voga da época, como o barroco e o neoclássico, mas sempre adaptado ao clima dos trópicos. Uma de suas obras mais importantes é o Palácio Lauro Sodré, mais conhecido como o Palácio do Governo, localizado na cidade velha da capital. “Os barões da borracha” queriam construir uma cidade moderna, que seguisse as últimas tendências da arquitetura e do urbanismo europeus e, ao mesmo tempo, refletisse sua prosperidade , escreve Andre Correa do Lago, presidente da COP30, na apresentação da obra. Contar a história da cidade através de suas construções foi uma ideia dele.








Além de prédios icônicos, o livro apresenta casas pouco conhecidas do público, mas que ainda sobrevivem no meio de prédios modernos e imensos. As atuais torres de mais de 30 andares, que viraram tendência nas cidades litorâneas brasileiras, tiram qualquer construção histórica da escala e literalmente minimizam a importância desses símbolos históricos. Com o título Palacetes da Borracha de Belém, o livro reúne fotos de Cristiano Mascaro, conhecido por ser um especialista na arte de retratar a arquitetura e escrito por Alexei Bueno, diretor do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro. A apresentação é de Milton Hatoum, recentemente eleito imortal da Academia Brasileira de Letras.
A produção gráfica é de Victor Burton, que conseguiu reunir o material em tempo recorde. Demorou apenas dois meses entre a largada para o projeto e a o livro editado. “A arquitetura permanece na memoria e é testemunha de um fenômeno estético e cultural”, diz Burton. O livro reconstrói um momento de pujança da cidade, como se ela ainda estivesse de pé, permitindo, dessa forma, que o leitor faça a comparação das duas cidades, a de hoje e a do passado, quando foi a estrela do país.
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