Disputa por uso de músicas em série sobre Sex Pistols vira barraco punk
Após vetar os hits da banda inglesa na aguardada trama biográfica dirigida por Danny Boyle, ex-vocalista Johnny Rotten é processado pelos ex-colegas

Dois ex-integrantes do Sex Pistols, o guitarrista Steve Jones e o baterista Paul Cook, estão processando o ex-vocalista John Lydon, o Johnny Rotten, por proibir a utilização das músicas do grupo em uma aguardada minissérie biográfica sobre o grupo que personificou o movimento punk no final dos anos 70. Dirigida por Danny Boyle, de sucessos como Trainspotting e Quem Quer Ser um Milionário?, a minissérie em seis episódios se intitula Pistol e é uma adaptação do livro Lonely Boy: Tales From a Sex Pistol, de Jones, lançado em 2017. Tem previsão de lançamento em 2022, no canal por assinatura FX.
A briga entre os ex-integrantes da mais famosa banda punk de todos os tempos começou em abril. Primeiramente, foi Rotten quem ameaçou processar os ex-colegas por não ter sido contratado como “consultor”, considerando a decisão desrespeitosa com ele. Agora, segundo os dois outros ex-integrantes, ele tenta de qualquer jeito atrapalhar a produção.
De acordo com uma reportagem da Associated Press, Jones e Cook pretendem usar um acordo feito entre os ex-integrantes em 1998, em que eles concordavam que as futuras decisões a respeito da banda seriam tomadas por votação da maioria. O advogado que cuida do caso afirmou que o baixista Glen Matlock e o espólio de Sid Vicious, morto em 1979, também apoiam o licenciamento das músicas.
Rotten, por sua vez, afirma que um licenciamento como esse não pode ser feito sem sua autorização e que os ex-integrantes pretendem retratá-lo como uma pessoa hostil e irritante. Rotten causou surpresa alguns anos atrás ao surgir usando uma camiseta com os dizeres “Make America Great Again”, slogan associado ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Parece que já não fazem mais punks como antigamente.