Dia das Mães: 3 bons livros de autoras femininas para dar de presente
Confira indicações de romances premiados e reconhecidos internacionalmente para presentear sua mãe

A literatura é um campo fértil para pensar as relações familiares, em especial as mais fundamentais, como as de mães e filhos. Para este Dia das Mães, a VEJA preparou uma seleção de livros que tem como ponto central a maternidade em diferentes interpretações, culturas e narrativas, e que podem ser boas opções para presente nesta data comemorativa. Confira:

A Cabeça do Santo, de Socorro Acioli (Companhia das Letras, 2014, 176 págs.)
Antes de morrer, a mãe de Samuel faz um pedido ao filho: que ele vá a procura de sua avó e de seu pai, que nunca conheceu. O menino então vai até Candeia, uma cidadezinha no Ceará, onde descobre a cabeça de uma imensa estátua inacabada de Santo Antônio. Curioso com o achado, Samuel se dá conta de que tem o dom de escutar preces femininas direcionadas a Santo Antônio quando está dentro da cabeça esculpida. De forma brilhante, o livro vai revelando mistérios com uma pitada de realismo mágico e muitas referências culturais brasileiras.

A Filha Perdida, de Elena Ferrante (Intrínseca, 2016, 176 págs.)
Leda é mãe de duas filhas já crescidas que moram no exterior. Sozinha, ela decide tirar férias no litoral italiano. Lá, em encontro com outra mãe mais jovem, Nina, Leda começa a refletir sobre sua própria vida e maternidade, a partir do olhar humanizado de Ferrante, conhecida por sua prosa visceral e lúcida sobre dramas femininos. Em 2021, o livro inspirou um filme de mesmo nome, estrelado por Olivia Colman.

Aos Prantos no Mercado, de Michelle Zauner (Fósforo, 2022, 288 págs.)
A cantora e instrumentista Michelle Zauner, da banda Japanese Breakfast, chora toda vez que vai ao H Mart, um mercado de produtos asiáticos dos Estados Unidos. Ela lembra de sua mãe, uma imigrante coreana nos EUA que morreu quando a cantora ainda era jovem. É assim que começa esse livro que conta a história de sua vida — sempre tendo a mãe como uma referência. Seu relato desnuda os aspectos mais particulares e contraditórios de sua relação com sua mãe, entre lembranças de muito afeto e momentos de incompreensão entre as duas, além do longo processo de rejeição e reconexão com a cultura coreana — que passou, em especial, no período de luto.
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