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Dez anos de ‘Crepúsculo’: O legado (bom e ruim) do filme teen

Relembre os impactos de uma das mais bem-sucedidas sagas do cinema no mercado do entretenimento

Por Redação
Atualizado em 21 nov 2018, 19h35 - Publicado em 21 nov 2018, 19h09

Há dez anos estreou nos cinemas o primeiro filme da saga Crepúsculo. Inspirada no best-seller de Stephenie Meyer, a trama acompanhava a história de Bella Swan (interpretada por Kristen Stewart), uma adolescente de 16 anos que se apaixona por Edward (Robert Pattinson), um vampiro de mais de cem anos. O romance, no entanto, encontra alguns empecilhos no caminho – além de Edward querer drenar o sangue da namorada, claro -, como o clã dos Volturi, que tenta converter o vampiro para o lado das trevas, e Jacob (Taylor Lautner), o lobisomem que compete pelo amor de Bella. Apesar do roteiro fraco e de interpretações que deixavam a desejar, Crepúsculo foi uma das franquias mais rentáveis da história do cinema e um dos ícones dos jovens que a acompanharam.

Confira abaixo o legado positivo e negativo da saga:

Protagonistas femininas

A atriz Kristen Stewart durante première de 'Amanhecer - Parte 2' em Londres
A atriz Kristen Stewart interpretou Bella em ‘Crepúsculo’ (Getty Images/VEJA/VEJA)

Crepúsculo foi a primeira franquia bilionária voltada para o público feminino e protagonizada por uma mulher. Os cinco filmes estiveram entre as maiores bilheterias em seus respectivos anos de estreia, arrecadando cerca de 3,3 bilhões de dólares em escala mundial – a 11ª maior arrecadação de uma franquia de todos os tempos. Tamanho sucesso inspirou os cineastas de Hollywood a tentarem a fórmula outras vezes, como na bem aventurada Jogos Vorazes, aumentando, assim, a representatividade feminina no cinema. Por exemplo, em 2008, quando Crepúsculo estreou, a trama era a única com uma personagem central feminina entre as dez maiores arrecadações do ano. Já em 2012, quando o último filme da saga, Amanhecer – Parte 2, chegou aos cinemas, outros dois longas protagonizados por mulheres figuravam entre as maiores bilheterias: o próprio Jogos Vorazes e a animação Valente, da Disney.

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Filão adolescente no cinema

Jennifer Lawrence como Katniss em 'Jogos Vorazes'
Jennifer Lawrence como Katniss em ‘Jogos Vorazes’ (//Divulgação)

Com o fim de Harry Potter, fãs buscaram refúgio em outras sagas, como Crepúsculo. Então mais velhos, os consumidores da saga do jovem bruxo encontraram na trama de Stephenie Meyer não só um novo objeto de devoção, mas conteúdos mais maduros, como sexo e violência, que despertaram a curiosidade dos leitores – mais até do que a história sem pé nem cabeça de vampiros e lobisomens. O sucesso de Crepúsculo lembrou o mercado audiovisual do potencial de consumo dos adolescentes e encorajou a adaptação de outros livros de sucesso para a TV e cinema. Desse interesse dos estúdios pelo filão, vieram bons produtos, como Jogos Vorazes e A Culpa É das Estrelas, mas tramas medíocres também surgiram e acabaram ganhando mais destaque do que realmente mereciam, como Divergente, Maze Runner, Teen Wolf e The Vampire Diaries.

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Literatura feminina

Dakota Johnson e Jamie Dornan em Cinquenta Tons de Cinza
Dakota Johnson e Jamie Dornan em ‘Cinquenta Tons de Cinza’ (//Divulgação)

O sucesso de Crepúsculo encorajou mais mulheres a tentarem a chance como escritoras. Da empreitada, nasceram bons romances, como Extraordinário, de R.J. Palacio, e Garota Exemplar, de Gillian Flynn. Mas claro que nem todos os resultados foram favoráveis. Cinquenta Tons de Cinza, escrito pela britânica E.L. James, por exemplo, nasceu de uma fanfic (história criada por fãs a partir dos personagens de um livro) de Crepúsculo e é um claro desfavor ao empoderamento feminino e à literatura em si. Divergente, de Veronica Roth, é outro exemplo de saga mal escrita, cheia de repetições e que só conquistou leitores por ter bons ganchos, mas terminou sem criatividade alguma. Já os medianos A Seleção, de Kiera Cass, e Destino, de Ally Condie, surfaram na onda da literatura jovem – e também da distopia -, mas sem trazer qualquer novidade ao filão.

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