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Datas: Elifas Andreato, Djenane Machado e Taylor Hawkins

O ilustrador de grandes capas de discos, a atriz da primeira versão de 'A Grande Família' e o baterista do Foo Fighters

Por Redação Atualizado em 4 jun 2024, 12h21 - Publicado em 1 abr 2022, 06h00

Houve um tempo, quando as bolachas de vinil giravam nas vitrolas sem parar, em que antes mesmo das descobertas musicais compravam-se discos de MPB pelas capas — e elas eram, invariavelmente, de Elifas Andreato. Em mais de quarenta anos de carreira, o ilustrador nascido no Paraná e radicado em São Paulo fez desenhos para a embalagem de mais de 300 LPs, de Adoniran Barbosa a Chico Buarque, de Paulinho da Viola a Martinho da Vila, de Clementina de Jesus a Clara Nunes.

Seu traço, a um só tempo realista e onírico, é a cara de um tempo, os anos 1970 do Brasil engolido pela ditadura militar, e que respirava por meio de canções. Andreato tinha estilo inconfundível, capaz de tingir de cores a essência do trabalho dos artistas a quem dava as mãos. Como não se emocionar, antes mesmo de pôr para tocar Nervos de Aço, com o choro de Paulinho da Viola a segurar um ramo de flores? Como não sorrir com o rabisco infantil da Arca de Noé, de Vinicius de Moraes e Toquinho, e a linha pontilhada para ser recortada a sugerir: “faça você mesmo a sua capa”. O irmão do artista plástico, o ator Elias Andreato, postou nas redes sociais: “Tudo o que ele tocava com as suas mãos virava coisa colorida, até a dor que ele sentia era motivo da tinta que sorria”. Morreu em 29 de março, em São Paulo, aos 76 anos, em decorrência de infarto.

A filha querida

SUCESSO - Djenane Machado: a Bebel da primeira versão de A Grande Família, de 1973 -
SUCESSO - Djenane Machado: a Bebel da primeira versão de A Grande Família, de 1973 – (Adhemar Veneziano/.)

Na primeira versão de A Grande Família, de 1973, a mimada e escandalosa Bebel, a filha de Lineu e Nenê, casada com Agostinho Carrara, foi interpretada por Djenane Machado. De sorriso aberto e olhos verdes, querida pelos fãs, fez imenso sucesso, atalho para diversos convites no cinema, o que incluiu inclusive a participação em pornochanchadas. Filha de Carlos Machado, um dos mais celebrados produtores de musicais e teatro do Rio de Janeiro nos anos 1950 e 1960, ela entraria em depressão depois da morte do pai. Havia mais de vinte anos estava afastada dos palcos e das telas. Djenane morreu em 23 de março, aos 70 anos, de causas não reveladas pela família.

Versatilidade nas baquetas

OVERDOSE - Taylor Hawkins: no corpo do roqueiro foram encontradas pelo menos dez substâncias -
OVERDOSE – Taylor Hawkins: no corpo do roqueiro foram encontradas pelo menos dez substâncias – (Rich Fury/AFP)
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Com o fim do Nirvana, depois do suicídio de Kurt Cobain, o baterista da banda grunge de Seattle, Dave Grohl, decidiu criar um outro grupo. Deu a ele o nome colado a um apelido cunhado pelos pilotos de aviões americanos para os óvnis: Foo Fighters. Tentou um baterista, William Goldsmith, mas a aquisição não funcionou. Chegou a Taylor Hawkins, que se destacava na trupe de Alanis Morissette. E então a longa cabeleira loira e a versatilidade de Hawkins, afeito a misturar momentos de energia com leveza, viraram a cara do quarteto criado por Grohl. Em 25 de março, na véspera de viajar para o Brasil, onde se apresentaria no festival Lollapalooza, Hawkins foi encontrado sem vida em um hotel de Bogotá, na Colômbia. Morreu de overdose. Em seu corpo havia pelo menos dez substâncias diferentes, entre elas maconha, heroína e antidepressivos. Tinha 50 anos.

Publicado em VEJA de 6 de abril de 2022, edição nº 2783

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