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Datas: Diane Keaton e D’Angelo

As despedidas que marcaram a semana

Por Redação Atualizado em 17 out 2025, 12h00 - Publicado em 17 out 2025, 06h00

Ela era atriz e trabalhou no Hair, a primeira versão do musical da Broadway, em 1968. Não era uma tigresa e ria ao lembrar do diretor que lhe pediu para perder alguns quilos, o que a levou a abandonar a produção. A americana Diane Keaton, filha de um engenheiro civil e uma dona de casa que cantava e tocava piano, não desistiu. Em 1969, faria sucesso com uma montagem de Woody Allen, Play It Again, Sam, atalho para a fama delicada, construída nas telas do cinema. Diane começou a ganhar notoriedade com os dois primeiros filmes da trilogia O Poderoso Chefão, na qual interpretou Kay Adams, a mulher de Michel Corleone, vivido por Al Pacino — com quem ela faria um par na vida real. Em 1978, ganharia o Oscar de melhor atriz em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, o título risível em português para Annie Hall, a obra-­prima de Allen — Hall, aliás, era o sobrenome do pai de Diane, que preferiu tocar em frente com a alcunha da mãe. O diretor — com quem ela também viveria um romance — nunca escondeu ter se inspirado na companheira ao escrever o roteiro.

Diane, nas telas e fora delas, revolucionou o modo pelo qual as mulheres eram retratadas por Hollywood. Desde o início, desdenhou do estilo de moças como princesas, trocou as saias por calças compridas, o vestuário feminino por toques masculinos, com coletes e gravatas. Recusava-se a fazer cirurgias plásticas e, como poucas de suas contemporâneas, soube envelhecer na ribalta, com doçura e firmeza em doses equivalentes. “Algumas pessoas podem iluminar um canto, ela ilumina uma avenida inteira”, disse certa vez Allen. Diane Keaton morreu em 11 de outubro, aos 79 anos.

Alma musical

ORIGEM - D’Angelo: um dos pioneiros do estilo batizado de neo-soul
ORIGEM - D’Angelo: um dos pioneiros do estilo batizado de neo-soul (S. Infuso/Corbis/Getty Images)

O neo-soul, como faz intuir o nome, é filho dileto do soul, do qual se distingue por abraçar um som menos convencional, com a incorporação de elementos do jazz, do funk, do hip-­hop, da música eletrônica e da africana. Um dos grandes nomes de imensa riqueza artística foi o compositor, multi-­instrumentista e cantor americano D’Angelo. Seu álbum de estreia foi Brown Sugar, lançado em 1995. Indicado a catorze Grammys ao longo da carreira, venceu quatro; conquistou duas vezes o prêmio de Melhor Álbum de R&B, primeiro por Voodoo, em 2001 — do qual faz parte o clássico Untitled (How Does It Feel) —, e depois por Black Messiah, em 2016. Naquele ano, também venceria a categoria Melhor Canção de R&B, com Really Love.

Influente, D’Angelo também colaborou com grandes nomes da música, como Jay-Z, Snoop Dogg e Q-Tip. No início da carreira, fez parte do Soulquarians, coletivo informal formado por artistas como Questlove, Erykah Badu e J Dilla, a vanguarda revolucionária de uma escola de ritmo — e atire a primeira pedra quem não balançou o corpo como quem faz das tripas coração. Morreu em 14 de outubro, aos 51 anos, em decorrência de um câncer no pâncreas que tratava havia mais de um ano.

Publicado em VEJA de 17 de outubro de 2025, edição nº 2966

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