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Daniel sobre parceria com João Paulo: ‘O preconceito não nos parou’

Ao celebrar quarenta anos de carreira, ele lança projeto em homenagem ao antigo colega de dupla, morto em um acidente de carro em 1997

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 10h52 - Publicado em 22 abr 2023, 08h00

A dupla João Paulo & Daniel estourou na onda do sertanejo romântico dos anos 1990. O que os levou a se destacar dentre tantos outros artistas que despontaram na época? A simplicidade era a nossa marca. A gente cantava direitinho, trabalhávamos com seriedade. Não éramos irmãos, como as outras duplas, mas vivíamos como irmãos. Também chamou a atenção ser um branquinho e o outro, moreno. Éramos diferentes.

Além de unir um branco e um negro, havia também a diferença de classes sociais entre vocês: João Paulo vinha de uma condição mais humilde que a sua. Essas distinções chegaram a ser um problema? Ao longo do caminho, a gente viu o preconceito, mas não demos peso a ele. O preconceito não nos parou. Acho até que, sem nem pensar nisso, nossa parceria passava uma mensagem de união, né? De que somos todos iguais. A gente vai para o mesmo lugar no fim. E estamos aqui para somar um ao outro. Sozinho, a gente não chega a lugar nenhum.

Em 3 de maio começa, em Brotas (SP), sua cidade natal, a turnê Daniel 40 Anos Celebra João Paulo & Daniel, que vai contar com a presença da filha de João Paulo, Jéssica Reis. Como é sua relação com a família do antigo parceiro? Somos próximos, e ter a Jéssica cantando comigo nesse projeto é um presente. Eu me considero um pouco pai dela. É como ver um pedaço do João Paulo comigo.

Vinte e seis anos após o acidente, ainda corre na Justiça o pedido de indenização da família à BMW, alegando que havia um defeito de fábrica no carro. Como avalia o caso? Olha, esse assunto é delicado e eu não me envolvo muito. Acompanho lendo as notícias, como todo mundo. Foi uma fatalidade e, tecnicamente, não sabemos o que de fato aconteceu. Infelizmente, nada pode trazê-lo de volta.

O sertanejo hoje é dominado pela sofrência, especialmente a temática da traição. O romantismo que o fez famoso morreu? Jamais. Falar de amor nunca vai ser demais. Mesmo quando não dá certo, né? Nem todo amor é para sempre. É comum que a gente queira se render às tendências musicais, mas falar de amor romântico é parte da minha essência. A música precisa ter qualidade e tocar as pessoas. Caso contrário, não tem razão de ser.

Publicado em VEJA de 26 de abril de 2023, edição nº 2838

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