Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Criticada, novela abandona a amamentação cruzada e até dá aula

Médico Samuel, pai de recém-nascida na trama, explica que a melhor solução para mães que têm leite sobrando é doar para um banco de leite

Por Redação
Atualizado em 5 abr 2018, 15h52 - Publicado em 5 abr 2018, 10h20

Atacada por pediatras e especialistas em aleitamento materno por incentivar a amamentação cruzada – quando uma mãe amamenta o bebê de outra a quem falta leite –, a novela O Outro Lado do Paraíso recuou. No capítulo desta quarta-feira, os personagens Samuel (Eriberto Leão) e Suzy (Ellen Roche), pais de uma menina recém-nascida, contam à avó paterna, Adnéia (Ana Lúcia Torre), que abandonaram a prática, por abrir brechas para a transmissão de doenças, e, em uma verdadeira aula sobre o que se deve fazer nesses casos, explicam que o melhor, quando há leite materno de sobra, é doar para um banco de leite.

Na cena desta quarta, a “tigrinha”, como é chamada a bebê recém-nascida por Samuel e Suzy, é posta para arrotar quando a avó se aproxima e a elogia pela dieta. “Mama que… benza Deus!”, diz Adnéia, que pergunta à nora se em seguida ela vai dar leite ao neto de Nádia (Eliane Giardini). “Eu cheguei a amamentar o Marquinhos uns dias, mas conversei com o Samuel e a gente achou melhor fazer do jeito certo”, diz Suzy.

Quando Adnéia quer saber do que se trata “o jeito certo”, arma o púlpito para que Samuel e Suzy deem uma pequena aula sobre aleitamento, com direito a mea culpa. “Pela generosidade, eu acabei me equivocando. A família da Nádia é tão próxima da nossa que eu acabei oferecendo o leite da Suzy”, se justificou o médico, atravessado pela ex e possível futura esposa, que é enfermeira por formação. “Só que o correto é doar para um banco de leite”, diz Suzy. “Na minha época, não tinha nada disso”, se admira Adnéia.

Continua após a publicidade

É mais uma deixa para Samuel, que então explica que, através do banco de leite, é possível analisar o material doado “e assim evitar doenças”. “É bem mais seguro para os bebês”, arremata Suzy, que agora doará leite para Marquinhos por meio do banco de leite da cidade. “Assim, o gesto de generosidade do meu filho continua valendo”, baba-se Adnéia.

Entidades como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), além de profissionais de saúde e grupos de apoio ao aleitamento, criticaram a prática da amamentação cruzada na novela de Walcyr Carrasco em notas de esclarecimento e posts em redes sociais. Em entrevista a VEJA, Elsa Giugliani, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria, disse o mesmo que os personagens da novela nesta quarta. “A amamentação cruzada acontecia muito e ainda acontece entre comadres, vizinhas e parentes. Com a propagação da aids e a descoberta de que a doença é transmitida pelo leite materno, as orientações mudaram. Pode parecer um ato de amor e solidariedade, mas é perigoso e não é recomendado.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

3 meses por 12,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.