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Cooper Raiff e Lili Reinhart destrincham ‘Hal e Harper’ a VEJA: ‘É sobre alegria’

Minissérie da Mubi conta também com Mark Ruffalo no elenco e retrata o amadurecimento complicado de dois irmãos em Los Angeles

Por Thiago Gelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 nov 2025, 08h00

Quem acompanha a produção do cinema independente americano notou a ascensão de um jovem bem-humorado e despretensioso nos últimos anos: Cooper Raiff, que escreve, dirige e protagoniza comédias agridoces que encantam o público de festivais como Sundance e South by Southwest. Depois de O Calouro (2020) e Cha Cha Real Smooth – O Próximo Passo (2022), o cineasta agora pula para o streaming com a série Hal e Harper, da Mubi, estrelada por ele ao lado de Lili Reinhart e Mark Ruffalo.

Sensível retrato sobre a vida de uma família não convencional, os nove episódios — lançados semanalmente na plataforma, aos domingos — contam a história dos irmãos do título, criados pelo pai solteiro interpretado por Ruffalo. Presos entre a infância e a vida adulta devido à perda da mãe, os dois são interpretados por Raiff e Reinhart em todas as suas fases, do primário à faculdade. O recurso peculiar garante que a série atraia curiosidade, mas acaba se provando bem mais do que um truque. Em entrevista a VEJA, os dois protagonistas da série destrincham a psique de seus personagens e os bastidores da produção:

Cooper, você vem trabalhando no roteiro há alguns anos. Como surgiu a ideia de Hal e Harper e quando o trabalho realmente começou? Eu fiz uma websérie na faculdade com essa premissa, mas nada parecido com o que o projeto se tornou. Era como se essa família me fizesse companhia, quase como parte do meu próprio processo de cura. Percebi mais tarde que essas pessoas viviam na minha cabeça e no meu coração por um motivo maior do que apenas pessoal. Foi quando o trabalho de verdade começou. Tentei encontrar uma maneira de transmitir ao público o mesmo tipo de cura que eu encontrei.

Mark Ruffalo é um dos principais nomes de sua geração e brilha no papel paterno. O quanto seu envolvimento ajudou o projeto a sair do chão? Na verdade, conseguimos o financiamento quando só Lili estava acoplada ao projeto, então foi uma grande surpresa aos nossos apoiadores quando Mark aceitou interpretar o pai. Antes disso, o mais difícil foi convencer os produtores a lerem o roteiro de 300 páginas, mas inventar que já tínhamos ofertas na mesa ajudou. 

Existe pouca diferença entre suas interpretações como adultos e como crianças. O que isso diz sobre a maturidade dos personagens? Eles estão em algum ponto no meio do caminho. O destino final é a vida adulta. Harper está chegando perto, enquanto Hal precisa de mais um tempo, sem perder a esperança. A ideia por trás de nos colocar em ambas as etapas de vida é deflagrar que ambos estão presos de alguma maneira em suas infâncias e que é preciso desbloquear algo reprimido para seguir em frente.

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Com uma história tão sensível, há o perigo de cair em sentimentalismo desonesto, mas o resultado final é mais ponderado. Como encontrou o equilíbrio do tom? A história é, para mim, sobre alegria. Alguém me descreveu a série como uma obra melancolicamente feliz, o que me pareceu preciso. Há muita tristeza dentro de Hal e de Harper. Existe tristeza nos personagens, mas também muita leveza. As partes do passado mostram crianças que cresceram rápido demais tentando finalmente ser crianças. O pai tenta se divertir com elas, mas também percebe que isso não é o bastante para ser um bom pai. Há momentos de alegria genuína, mas também de dor compartilhada. Essa mistura é o que torna a história tão humana.

Harper é uma personagem complexa e nada estereotipada. Como uma atriz bissexual que advoga pela causa LGBT+, o que a atraiu nela, Lili? Não encarei a personagem diferentemente por ela ser lésbica. Sempre amei histórias com personagens LGBT+ e acho que todas deveriam ser assim. Acredito, aliás, que essa seja minha primeira personagem queer, e peço perdão ao resto de minha filmografia se estiver errada. Cooper é ótimo em escrever mulheres no geral, e o interessante é observar como Harper está em um relacionamento que exige muito dela. Ela está na posição de cuidadora para o irmão e para a namorada e precisa de um respiro, até encontrar essa mulher mais velha com quem se identifica. Pela primeira vez, ela nota que não precisaria cuidar de outra pessoa se embarcasse nessa paixão. Os laços entre a vida amorosa e a vida familiar da personagem são tecidos de maneira muito inteligente, mas também realista. 

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O que lhe pareceu tão real? Harper está na faixa dos 20 anos e carrega um relacionamento duradouro ao mesmo tempo em que passa por mudanças drásticas que quer abraçar, e mudanças assustam porque podem significar afastamentos inconciliáveis. Escolher a si mesmo em detrimento de certos laços é muito intimidador. Sinto empatia por essa trama, pela ideia de amar alguém, mas saber que ela não se encaixa onde está. Assim como ela tem que chegar ao irmão e dizer: “Eu te amo e serei sua irmã para sempre, mas preciso de independência”.

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