Conheça por dentro a Casa Cor Rio, que abre as portas nesta terça-feira
VEJA fez uma seleção de doze ambientes que se destacam na 33ª edição do evento, que este ano acontece no Fashion Mall
Com 6000 metros quadrados de área, divididos em 48 ambientes, a 33ª edição da Casa Cor abre as portas nesta terça-feira, 24, no Rio de Janeiro. Instalada no Fashion Mall, em São Conrado, ela se divide pelos três andares do local, emoldurado por muito verde, a Pedra da Gávea e um campo de golfe. Com espaços assinados por 68 profissionais, entre arquitetos, designers de interiores e paisagistas, o evento transformou boa parte do shopping em uma espécie de condomínio que traduz as maiores tendências de moradia atuais, como ambientes mais reduzidos, práticos e funcionais. Tudo, claro, sem perder a beleza, o charme e a preocupação com a sustentabilidade.
A Casa Cor Rio deste ano, que vai até o dia 24 de novembro, tem como tema “De Presente, O Agora”, que traz um convite à reflexão sobre as decisões cotidianas que impactam o futuro. O percurso da mostra começa no terceiro andar do shopping, onde estão bares, restaurantes e lojas criados especialmente para o evento. Os dois andares abaixo são dedicados à área de moradia que, nesta edição, conta com dezesseis lofts e sete estúdios, com metragens que vão de 47 metros quadrados e 150 metros quadrados.
Há ainda espaços de uso comum do “condomínio”, como coworking, lavanderia, brinquedoteca e home-theater. Há ainda um rooftop e áreas que privilegiam jardins e a vista privilegiada do Fashion Mall. “Foi um desafio trazer a Casa Cor Rio para dentro de um shopping. Por isso, pensamos em um condomínio, com espaços menores, mais práticos, e com todas as facilidades de um shopping logo ao lado, algo que é uma tendência mundial”, avalia Patricia Mayer, sócia-diretora da mostra na capital fluminense.
Além da funcionalidade e de muito verde, a Casa Cor Rio terá uma seleção de obras de arte, sob a batuta das curadoras Vanda Klabin e Heloísa Amaral Peixoto. Para dar um gostinho da edição deste ano, que pela primeira vez terá uma área que pode ser visitada sem ingresso, VEJA selecionou doze ambientes que retratam a diversidade da mostra.
PAOLA RIBEIRO (Living)O living criado pela designer de interiores tem paredes revestidas em painéis de madeira que remetem o movimento de biombos. Entre as curiosidades do espaço com ambientes integrados está ainda um lavabo que abriga uma biblioteca. Os espaços assinados por Paola ainda trazem uma seleção de obras de artes de artistas como Vik Muniz e Portinari.
MAURÍCIO NÓBREGA, BIA WOLFF, MARIA ESTELLITA, PATRICIA VIEIRA (Loft ‘Perto do mar’)
A proposta do grupo capitaneado por Maurício Nóbrega foi fazer um loft atemporal, que remetesse o frescor e leveza de uma casa de praia. O revestimento é quase todo em peroba dourada de demolição. O ambiente chama a atenção com objetos garimpados que vão de cestarias a uma poltrona de Joaquim Tenreiro, datada de 1950.
CHICÔ GOUVEA (Studio do marchand)
Multicolorido e sofisticado, o espaço criado pelo arquiteto tem como inspiração um personagem real: o marchand e colecionador Jones Bergamin, da Bolsa de Arte. Além de obras de arte de grandes nomes do circuito nacional, o ambiente, com paredes em tons vibrantes, é coalhado de móveis assinados por Oscar Niemeyer, Jorge Zalszupin, Cláudia Moreira Salles e o próprio Chicô.
GISELE TARANTO (Espaço comemorativo)
O ambiente, com vista para o verde e a Pedra da Gávea, foi concebido para celebrar os 70 anos da Gafisa (construtora e incorporadora). Logo na entrada, o público se depara com uma obra de arte criada especialmente para o ambiente (site specific de Adrianna), que propõe uma experiência quase imersiva. O local também conta com um mezanino reservado para encontros de negócios.
NATALIA LEMOS (Casa Raízes do Cerrado)
Tendo como inspiração o cerrado mineiro, o espaço traz na decoração lajotas de barro, taipa, biribas e cobogós cimentícios. Objetos de família, como a tábua de fazer queijo transformada em aparador e uma colcha de crochê, se misturam a móveis contemporâneos e peças de artistas mineiros.
PKB ARQUITETURA (Casa Essência)
Acessado por um túnel escuro, a Casa Essência, criada pelo grupo de Pedro Kastrup, chama a atenção logo de cara. Com um espelho d’água, peças artesanais e móveis de design, a área tem o intuito de mostrar que a relação entre homem e natureza pode ser harmônica.
PAULA NEDER (SPA Praia)
Com cobogós cimentícios na fachada, o SPA da Deca abusa da luz natural. Na parte interna, um sistema de iluminação ainda simula as condições externas mudando a luz de acordo com o horário e as condições meteorológicas. O espaço tem uma piscina com o revestimento artístico do Coletivo Muda.
PEDRO COIMBRA E JACKSON TINOCO (Wine bar)
No ambiente, lúdico e cheio de brasilidade, os visitantes têm a possibilidade de degustar vinhos da Woodswinea. O piso do local, em pastilha, remete às antigas adegas. O grande destaque fica por conta da fachada externa, toda coberta com um enorme painel de crochê confeccionado pelas artesãs do Instituto Proeza, de Brasília.
TOM CASTRO (Loft)
Minimalista e multifuncional, o Loft Tua convida à contemplação e ao bem-estar. A paleta é neutra e privilegia brancos e cinzas, mas toques de tons terrosos trazem um clima acolhedor. Materiais como couro, linho e algodão trazem conforto e a sensação de conexão com a natureza.
CADE MARINO (Estúdio Brisa do Norte)
Projetado para proporcionar conforto e bem-estar, o estúdio recorre à madeira nativa da região – proveniente de reflorestamento -, aliada à utilização da iluminação natural e à forte presença da vegetação. Um dos destaques é a estante multifuncional em formato de colmeia, que se estende por todo o espaço.
ALEXIA CARVALHO E MARIA JULIANA GALVÃO (Café Cremme)
Rodeado de plantas e por um painel que retrata a floresta tropical, o ambiente foi criado usando diferentes texturas, como tijolos de argila (cortados à mão) no piso e no balcão; MDF nos pilares; juta no forro. Tudo ali é artesanal. Inclusive os pendentes cobertos por pétalas de lã natural e as cerâmicas das estantes.
IZABELA LESSA E FERNANDA ZANETTA (Espaço ‘Infinito particular’)
Inspirado no modernismo brasileiro, o ambiente usa brises verticais como divisória, mobiliário assinado por nomes como Sérgio Rodrigues e Percival Lafer e canteiros com uma seleção de plantas que fazem uma referência a Burle Marx. O espaço ainda tem uma seleção de obras de arte, que ficou a cargo da curadora Heloísa Amaral Peixoto.