Como estender o fim de semana por sete dias em Belo Horizonte
Belo-horizontinos provam que não é preciso esperar a sexta à noite para se divertir
Os plantões que faz aos fins de semana não impedem que a médica Natália Oliveira curta a cidade em seu tempo livre. Afinal, Belo Horizonte não deixa de ser a capital mundial dos bares quando amanhece o dia na segunda-feira. De segunda a quinta, quem vence a preguiça do início da semana tem diversas opções que incluem botecos, baladas e muito mais. O #hellocidades, plataforma de Motorola que sugere novas maneiras de aproveitar as cidades brasileiras, dá uma ajudinha e convida você a colocar o pé na rua todos os dias.
Sem dia e hora certos para trabalhar, Natália se tornou frequentadora assumida dos agitos do início da semana, e curte tanto um forró quanto um chorinho. “Para muitas pessoas, como eu, a segunda é como se fosse o fim de semana. Outra vantagem é que alguns lugares ficam menos cheios e as atividades são mais baratas”, atesta.
Inaugurado em 1919, originalmente como uma loja de artigos de pesca, o Bar do Orlando é local tradicional do bairro Santa Tereza, região Leste de Belo Horizonte. A programação “alternativa”, que surgiu como um encontro para ensaios de roda de samba, chega a reunir 400 pessoas nas noites de segunda-feira, quando esse público ávido por agitos bate ponto no local tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural da cidade.
Atravessando gerações, o point vem mantendo a tradição da boemia e da música. O publicitário Frederico Porto conheceu o local em 2017. Para ele, o charme do lugar fica por conta das prateleiras que acumulam produtos diversos, como garrafas de cachaça, sabonete e até água sanitária. “É uma experiência diferente para uma segunda-feira. O bar também não deixa a desejar na parte gastronômica. Acima do balcão, fica a estufa com o famoso ‘torresmão’, pedaços de linguiça e pastéis de carne e queijo”, conta.
O encontro de músicos e a mistura de ritmos também são os responsáveis pelo sucesso do Auto Espeto, no bairro Caiçara, região Noroeste da cidade, em plena segunda-feira. O happy hour começa às 17h30 e se estende até a 1h. “Para algumas pessoas, [a segunda] é considerada um dia meio morto. Mas, pra mim, serve para ‘rebater’ o fim de semana, conhecer gente bonita e tomar aquela cervejinha de leve”, brinca o bancário Felipe Moreira, 32.
Já para os baladeiros que preferem programas mais agitados, a boate Jack Rock Bar, no bairro Funcionários, zona Centro-Sul, agrada. Referência no cenário rock de Belo Horizonte desde 2003, às segundas-feiras, o Jack recebe os roqueiros de plantão para festa com entrada off até as 22h. Bandas como Seu Madruga, CA$H e Velotrol, famosas na noite mineira, se apresentam na casa.
Agito de terça à quinta
Febre nos anos 1990, o karaokê voltou à cena noturna de Belo Horizonte. O “Jangokê” é uma aposta do Bar Jângal, no bairro Cruzeiro, na zona Sul, que reservou a programação das terças-feiras para os cantores amadores mostrarem seu talento. A entrada é gratuita e, além disso, para animar os cantores de chuveiro mais acanhados, a casa oferece de brinde um chopp ou um shot grátis para quem se arriscar na primeira subida no palco.
Para a turma forrozeira, a terça é sinônimo de Forró do Mercado. O tradicional ritmo pé de serra tem lugar garantido às terças no Mercado Distrital do Cruzeiro, no bairro homônimo. Com ingressos gratuitos limitados aos 50 primeiros forrozeiros, o evento é para quem quer xotear de graça na capital, quem já sabe dançar ou está começando agora.
Já se o desejo é por uma programação mais cultural, a Benfeitoria, galpão no bairro Floresta (zona Leste) que mistura casa de shows, galeria de arte e bar, também tem programação caprichada na quarta-feira. Em vez do tradicional futebol transmitido nos botecos, neste dia, a Benfs — para os íntimos — se transforma em uma sala de cinema, onde são exibidas mostras internacionais e películas de diretores independentes.
É também na quarta-feira — desta vez, durante o dia — que muitos belo-horizontinos aproveitam para conhecer o museu de arte contemporânea a céu aberto Inhotim, em Brumadinho, na Região Metropolitana de BH. Nesse dia, o espaço conhecido como um dos mais importantes acervos de arte do Brasil oferece acesso livre e gratuito à sua coleção.
A quinta já é quase fim de semana, e, por isso, muitos aproveitam para apostar em uma programação mais agitada. “Foi-se o tempo em que todo mundo esperava ansiosamente o sábado à noite para poder curtir a vida noturna em Belo Horizonte”, diz a estudante Patrícia Ferreira, 22. É no Stonehenge Rock Bar, no Barro Preto, que ela se joga às quintas-feiras, quando a casa tem sua famosa festa Stone Free. Revezando com entrada gratuita entre homens, mulheres ou os dois, o local apresenta shows de bandas como Lurex, Ancient Mariners e Metallica Cover Brazil.
A noite inteira
Poucos estabelecimentos funcionam durante toda a madrugada na capital, mas a garantia de que estarão sempre abertos salvam aquela cervejinha despretensiosa de quem ficou até mais tarde na rua e quer tomar a saideira acompanhado de algum petisco, ou matar a fome na madrugada.
Ponto de encontro de quem não quer que a noite acabe, o La Greppia, no centro da capital, funciona ininterruptamente há 20 anos. O carro-chefe da madrugada é o bufê de massas, das 19h às 4h, a R$ 24,20 por pessoa.
O Chopp da Fábrica, no bairro Santa Efigênia, na zona Leste, também costuma ficar bem lotado de madrugada. O local, frequentado por pessoas que não querem que a noite termine, costuma fechar só depois das 4h. Assim como o Rei do Pastel, um clássico dos fins de noite em Belo Horizonte, na Avenida do Contorno (bairro Funcionários). Tem cerveja barata, mesa na calçada e atendimento rápido, ou seja, uma ótima opção para pós-rolê.
O food truck Cantina Daspu, que há 20 anos estaciona no alto da avenida Afonso Pena para servir refeições, é outro local tradicional na madrugada de BH que costuma salvar quem volta da balada. Ele funciona das 22h às 5h. O carro-chefe é a lasanha, mas também tem nhoque gratinado e pizza.
Não importa se é segunda, terça, quarta ou quinta, sempre é tempo de sair para curtir a cidade. Se você resolver seguir as dicas, ou se tem outros programas preferidos, registre esses momentos nas redes sociais com a hashtag #hellocidades e convide todo mundo para se reconectar com BH por meio do hellomoto.com.br.