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Com controle total, Madonna será a diretora da própria cinebiografia

Com quarenta anos de carreira, a artista disse que o filme deverá focar só sua música - a dúvida, a conferir, é se tocará nas polêmicas da vida pessoal

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 set 2020, 13h25 - Publicado em 16 set 2020, 12h12

Em um movimento inédito na indústria cinematográfica, a cantora Madonna vai dirigir e co-escrever o roteiro de um filme autobiográfico. Título, data de estreia e elenco ainda não foram divulgados. O texto está sendo escrito em parceria com a roteirista Diablo Cody, que ganhou o Oscar por Juno (2007). De acordo com uma reportagem da revista Variety, o filme está nas mãos da Universal Pictures, com as bênçãos da executiva Donna Langley e da produtora Amy Pascal.

Não há dúvidas de que a história de vida de Madonna mereça virar filme. Em quatro décadas de carreira, ela superou uma vida pobre em Nova York para se tornar a Rainha do Pop, reinventando sua própria carreira inúmeras vezes e vendendo mais de 335 milhões de discos ao redor do mundo.

Embora seja inédito um artista dirigir a própria cinebiografia, a iniciativa de Madonna não soa como algo extraordinário para os padrões da artista. Madonna detém há anos o total controle criativo da carreira, seja em turnês polêmicas como Blood Ambition (1990) que misturava sexo e igreja, ou, mais recentemente em Rebel Heart (2012), cujo clipe tinha uma cena da Santa Ceia que terminava em uma grande orgia.

Cinebiografias de cantores famosos, aliás, estão se transformando em um nicho bastante rentável em Hollywood. Em outros títulos, como Bohemian Rhapsody, da banda Queen, e Rocketman, do cantor Elton John, os artistas também chegaram a se envolver na produção, mas sempre de maneira periférica, como consultores criativos ou produtores-executivos, jamais como diretores.

Com o controle criativo total da história, resta saber até que ponto a cantora irá revelar sobre a sua própria vida, que é repleta de passagens dramáticas e polêmicas. Em comunicado oficial, ela disse que quer “transmitir a incrível jornada à qual a vida me levou como artista, dançarina e um ser humano que tentou abrir seu próprio caminho neste mundo”. Ela comentou ainda que o foco do filme será sempre a música. “A música me manteve viva. Existem muitas histórias inspiradoras e não contadas. Quem melhor do que eu para contá-las? É essencial compartilhar a montanha-russa da minha vida com a minha voz e visão”.

Vale lembrar que Madonna já tem experiência em direção. Em 2008, ela dirigiu o drama Sujos e Sábios e, em 2011, W.E. – O Romance do Século, sobre o romance do Rei Eduardo VIII com a plebeia americana Wallis Simpson, em 1936, que ganhou Globo de Ouro de melhor trilha sonora original. Madonna também atuou no musical Evita, de 1996, que lhe rendeu um Globo de Ouro de melhor atriz. 

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