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Colin Hay, do Men At Work: ‘O brasileiro é muito musical’

Músico australiano que é o único remanescente original da banda explica sua ligação com o país e fala do processo por plágio no hit Down Under

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 fev 2024, 08h00

O Men At Work já fez vários shows no Brasil e até gravou um álbum ao vivo no país, em 1998. Agora, volta para mais três shows em fevereiro, no Rio, Curitiba e São Paulo. Qual é a razão do sucesso da banda entre os brasileiros? Suspeito que existam algumas semelhanças culturais entre Brasil e Austrália. Há grandes populações no litoral, que amam o oceano e a vida ao ar livre. O brasileiro é muito musical. E, claro, eu tenho um grande amor por futebol. Cresci na Escócia, assistindo ao Pelé jogar. Essa também é uma conexão muito forte para mim.

De alguma forma a música brasileira influenciou o som do Men At Work? Passei a me interessar mais por música brasileira depois que comecei a namorar minha esposa, a cantora pe­rua­na Cecilia Noël, em 2002, que hoje faz parte do Men At Work. Ela me mostrou muitas coisas que me influenciaram, especialmente a bossa nova e a música dos anos 1950 e 1960. Há ainda uma influência grande da música da América Latina. A backing vocal da banda é da Guatemala e o baixista, o baterista e o guitarrista são todos cubanos.

O senhor faz parte ainda da All-Starr Band, a banda de Ringo Starr, cujo repertório mescla hits dos Beatles com covers de outras bandas, como o próprio Men At Work. Como foi excursionar com um ex-beatle e ouvi-lo tocar suas músicas? É fantástico, surreal e jamais vou me acostumar. É um privilégio estar no mesmo palco que ele e olhar para trás e vê-lo na bateria tocando a minha música. Estou sempre aprendendo coisas novas. É como se eu ainda tivesse começando a minha carreira, aos 14 anos.

O Men At Work está na estrada há quase quarenta anos. Como repetir tanto as mesmas músicas sem enjoar? São grandes músicas, e por isso mesmo eu as toco sempre. Tenho sorte também porque não saio frequentemente em turnê com Men At Work. Por isso, só quero tocar essas músicas.

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Sua nova versão para o maior hit do grupo, Down Under, sem a inconfundível linha de flauta, foi o modo que encontrou para lidar com a morte de Greg Ham, seu colega de banda, que entrou em depressão após condenação por plágio? Mudei a música para provar que, quando fomos processados, a linha de flauta não era tão importante para o reconhecimento geral da música. Mas isso já passou, agora tocamos Down Under ao vivo do jeito que foi composta.

Publicado em VEJA de 2 de fevereiro de 2024, edição nº 2878

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