Carta ao Leitor: A arte de informar
VEJA mantém o compromisso de brindar seus leitores com entrevistas de personalidades que fazem a história do entretenimento mundial

Em uma de suas máximas afiadas, o crítico americano Harold Bloom (1930-2019) fez uma observação sobre o poder de atração da literatura que pode ser estendida ao entretenimento em geral: “É difícil continuar vivendo sem alguma esperança de encontrar o extraordinário”. É essa capacidade de conectar os humanos ao sublime, de comover, fazer sonhar, provocar o pensamento e surpreender que torna o cinema, a TV, os livros, a música e as artes plásticas itens tão relevantes na vida cotidiana quanto os desdobramentos concretos da política ou da economia. VEJA se orgulha de sua tradição e excelência na cobertura do segmento e apresenta nesta edição um belo exemplo desses momentos singulares em que o jornalismo depara com o extraordinário. Reportagem especial traz em primeira mão um panorama sobre Avatar — O Caminho da Água, a aguardada sequência do sucesso de 2009 com que o diretor canadense James Cameron produziu uma das últimas revoluções nas telas.
A missão jornalística de Avatar teve como ponto alto a ida ao tradicional cinema Odeon Luxe, no West End de Londres, onde ocorreu a secreta exibição inaugural da superprodução para um seleto grupo de imprensa de diversos países — entre eles, a editora Raquel Carneiro, crítica de cinema de VEJA. Com três horas e dezoito minutos de duração, o filme dá continuação ao sucesso que é, até hoje, a maior bilheteria da história, de 2,9 bilhões de dólares. Criação da inventiva mente de Cameron, 68 anos, é a primeira de quatro sequências de Avatar previstas para breve. Seu orçamento de mais de 300 milhões de dólares se justifica em cada detalhe na tela: apaixonado pelo oceano, Cameron desenvolveu nos treze anos que separam um filme do outro técnicas para filmar com realismo inebriante o fundo do mar.

Com fama de carrancudo, o diretor esbanjou simpatia na entrevista com VEJA — especialmente após ouvir a palavra Brasil. Entusiasta do país, ele passou por aqui diversas vezes e até ganhou homenagem do povo caiapó pela defesa dos indígenas. Na conversa, falou sobre sua paixão pelo meio ambiente e comparou a história do primeiro Avatar com a da polêmica usina de Belo Monte. Ao final, se propôs a tirar uma foto com a jornalista e fez questão de dirigir o ângulo e a luz para um melhor resultado.
Dessa forma, a revista mantém o compromisso de brindar seus leitores com informações exclusivas e entrevistas de personalidades que fazem a história do entretenimento mundial. Só nos últimos meses, nossos jornalistas tiveram acesso a cineastas do porte dos americanos Steven Spielberg e Woody Allen, e do neozelandês Peter Jackson. Na presente edição, a revista traz ainda conversas com dois atores já premiados com o Oscar, o inglês Gary Oldman e o americano Will Smith. São astros como eles que, de fato, embelezam nossa experiência de vida com o encontro do extraordinário.
Publicado em VEJA de 14 de dezembro de 2022, edição nº 2819