Carlos Kristensen é o chef do ano de Porto Alegre
Ao preparar a volta da sua principal marca, ele colhe os frutos de uma casa polivalente e centrada em ingredientes locais

Quando um cozinheiro fecha temporariamente um dos melhores restaurantes da cidade, presume-se que ele não seja um candidato ao posto de chef do ano, certo? O raciocínio, válido para a maioria dos mortais, não se aplica a Carlos Kristensen. Ao conceder um período sabático ao Hashi Art Cuisine, no início de 2018, esse porto-alegrense de nascimento já havia chacoalhado a capital com outra empreitada gastronômica. Seu UM Bar & Cozinha, dentro da loja de vinhos da Grand Cru, é tão polivalente que também poderia ser editado nas seções de Comidinhas e Bares. Mais do que isso. Militante do uso de insumos regionais e da valorização dos produtores artesanais, Kristensen arrumou um cantinho na nova casa para montar um pequeno empório, que impulsiona o seu projeto Internacionalmente Local. Pode-se dizer que essa faceta multidisciplinar o acompanha desde o início da carreira, quando ele trabalhou em cozinhas na Austrália — nos anos 90 — e colecionou referências culinárias no Sudeste Asiático. Em 2000, de volta ao Brasil, vendeu sushi na praia e, na sequência, montou o seu primeiro restaurante, em Garopaba (SC). Cinco anos depois, o nome dessa casa, Hashi, foi levado para Porto Alegre, mas os sushis e sashimis ganharam a companhia de preparos com toques asiáticos e europeus, que se somaram às experiências com sabores locais. É exatamente essa última proposta que Kristensen e Luciane Scherer, esposa do chef e sócia nos seus projetos, querem valorizar na reestreia do Hashi. Em agosto, celebrando uma parceria de peso, o restaurante deve voltar no piso acima de onde funciona o UM Bar & Cozinha.
Confira os segundo e terceiro lugares:
2º lugar: Marcelo Schambeck (del Barbiere)
3º lugar: Leonardo Magni e Liliana andriola (Mandarinier Gastronomia)