Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Cada vez mais mulheres recorrem à retirada das próteses de silicone

A ideia é deixar os seios com aspecto natural, como vieram ao mundo

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h15 - Publicado em 22 jan 2021, 06h00

Sinuosos, salientes, fartos ou não, os seios são os órgãos da anatomia feminina mais adequados para narrar a história da civilização e seus humores. Para os povos primitivos africanos eles têm um caráter sagrado. Na Renascença, de modo a celebrar a força do leite materno, gênios da pintura os retrataram volumosos. Quando foi necessário protestar, na década de 60, as mulheres tiraram o sutiã para queimar a lingerie, como sinal de liberdade. Agora, os seios fazem parte de um movimento, digamos, de retrocesso — a procura por formatos naturais, tal qual vieram ao mundo. Cresce o número de mulheres que decidem reduzir o volume ou retirar completamente o silicone. Diz o cirurgião Eduardo Kanashiro, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e CEO da Academia da Pele: “Há pacientes que optam por retirar a prótese porque não estão satisfeitas com o resultado, outras não se adaptaram e também há aquelas que simplesmente acham que não faz mais sentido”.

Arte silicone

A tendência foi encabeçada por celebridades de diferentes faixas etárias, como a atriz Scarlett Johansson, a modelo Chrissy Teigen e a empresária Victoria Beckham. “Por anos eu neguei que foi algo estúpido, era um sinal de insegurança. Apenas valorize o que você tem”, disse Victoria. A prótese mamária de silicone ainda é a cirurgia plástica mais procurada pelas brasileiras, mas vem caído a cada ano — cerca de 16% em quatro anos. Dados da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, em contrapartida, mostram que em um ano houve um aumento de 15% na realização da retirada de próteses. No Brasil, ainda não há números oficiais, mas consultórios médicos e redes sociais confirmam a toada.

FARTURA - A designer de joias Monica Benini (à esq.), a modelo Chrissy Teigen e a empresária Victoria Beckham: o retorno dos formatos originais -
FARTURA - A designer de joias Monica Benini (à esq.), a modelo Chrissy Teigen e a empresária Victoria Beckham: o retorno dos formatos originais – (Instagram/Dave Benett/Getty Images)

Desde as primeiras aplicações de silicone, em 1962, as próteses evoluíram de forma drástica. Com as pioneiras, não havia nem a previsão de resultado, durabilidade ou segurança da substância. Nas décadas seguintes, o material evoluiu de forma a adquirir densidade parecida com a mama normal. O gel é coeso, o que ajuda a dar um aspecto natural. São qualidades que tornaram a necessidade da troca bastante rara. Nos últimos tempos não se fala mais em substituição preventiva a cada dez anos. A complicação mais comum, com ocorrência de 2%, é uma espécie de rejeição chamada de contratura capsular, quando a membrana formada pelo próprio organismo em volta da prótese inflama, o que causa dor. O que acontecia até então nesse caso era a troca do silicone. Agora, as mulheres as retiram totalmente. A extração é simples e pode ser feita pela mesma cicatriz do implante. Diz o cirurgião Dênis Calazans, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica: “O que torna o procedimento razoavelmente complexo é, em certos casos, haver a necessidade de realizar a suspensão da mama que eventualmente pode cair com a retirada”. Nada que não se resolva, de olho na volta ao básico.

Publicado em VEJA de 27 de janeiro de 2021, edição nº 2722

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.