Bela Gil sobre experiência de comer placenta: ‘É tipo fígado’
'Qual a diferença entre comer minha placenta, que é um negócio nutritivo, e as pessoas comerem coração de galinha?', ponderou chef em entrevista a Porchat

De bom humor, Bela Gil, chef conhecida por sua linha mais natureba, explicou no talk-show do humorista Fábio Porchat por que comeu a placenta dos filhos, Flor e Nino. A entrevista foi ao ar na madrugada desta quarta-feira.
“Não tem nenhum estudo científico, nada que fale que comer a placenta é maravilhoso, mas é um ritual que eu queria fazer. Muita gente que tem parto domiciliar faz”, disse Bela. “Quem tem casa geralmente enterra e planta-se uma árvore no local. Se você perguntar para a sua avó, ela vai dizer que ou enterrou ou comeu.”
Porchat pouco interrompeu a chef, que continuou a narrar sua experiência gastronômica com a placenta dos filhos, contando que teve a ajuda de uma doula, profissional especializada em assistir partos, para consumir a placenta em formas mais agradáveis.
“Comi um pedacinho, batido numa vitamina que a doula fez. O resto ela desidratou e transformou em cápsulas”, disse. “Muitas doulas batem ou dão um pedaço da placenta para a mulher comer depois do parto, porque dizem que ajuda a prevenir depressão pós-parto, que ajuda a regular a questão hormonal da mulher de maneira mais equilibrada. Como eu tive a Flor em casa, quis fazer isso. Eu me vi com a placenta e ia fazer o quê, jogar no lixo?”
Segundo Bela Gil, na Ásia placentas são reaproveitadas pela indústria de cosméticos. “No Japão, principalmente, tem muito produto com placenta. Placenta cream, uma coisa assim.”
Até então calado, Porchat quis saber o sabor e a consistência de uma placenta. “Ela é tipo uma água-viva?”, perguntou. “Não, ela é tipo um órgão, tipo um fígado”, respondeu Bela, que aproveitou a comparação para defender o consumo de placentas. “Qual a diferença entre comer a minha placenta, que é um negócio nutritivo, e as pessoas comerem carne, coração de galinha?”