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Assédio e bastidores de ‘Instinto Selvagem’: as revelações de Sharon Stone

Em livro de memórias, atriz disse que teve os seios aumentados por um médico sem sua autorização e que foi abusada na infância pelo avô

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 mar 2021, 17h15 - Publicado em 30 mar 2021, 17h05

A atriz Sharon Stone, 63, lançou nesta terça, 30, o livro de memórias The Beauty of Living Twice, no qual faz revelações perturbadoras sobre diversos casos de assédio que sofreu no passado. Em uma delas, Sharon conta que um médico aumentou os seus seios em 2001 sem consentimento após uma cirurgia para a retirada de tumores benignos, porque ele achou que ela “ficaria melhor com eles maiores”. Em outra situação, relembra que ela e a irmã foram abusadas sexualmente quando crianças pelo avô. O livro ainda não tem data de lançamento no Brasil.

“Quando eu retirei os curativos, descobri que meus seios estavam maiores, e ele [o médico] disse: ‘combinam melhor com o tamanho do seu quadril'”, escreveu Stone. “Ele mudou meu corpo sem meu conhecimento e consentimento”, completou. Sobre o caso de abuso que sofreu do avô, Clarence Lawson, ela comentou o sentimento de satisfação que sentiu no dia em que ele morreu, quando ela tinha 14 anos. “Eu o cutuquei e percebi que ele estava finalmente morto. Uma bizarra sensação de satisfação me atingiu. Olhei para Kelly [sua irmã] e ela entendeu. Ela tinha 11 anos e estava tudo acabado”.

Os bastidores da famosa cruzada de pernas do filme Instinto Selvagem também são contados. Ela disse que foi induzida a tirar a calcinha para fazer a famosa cena do interrogatório policial porque a roupa íntima “estava refletindo a luz”. Os produtores garantiram que suas partes íntimas não iriam aparecer. Ela só foi descobrir que isso não aconteceu quando o filme já estava pronto. “Há muitos pontos de vista sobre esse assunto. Mas como sou eu que tenho a vagina em questão, deixe-me dizer: os outros pontos de vista são uma besteira”.

Sharon relatou maus comportamentos masculinos por todo o livro, mas ela defendeu Woody Allen, com quem trabalhou por três vezes. Sobre o diretor, ela diz que ele foi “superprofissional”. “Nunca tive uma experiência desagradável com Woody Allen. Elas foram maravilhosas. Ele foi extraordinariamente encorajador para mim e eu era uma jovem de 19 anos quando comecei a trabalhar com ele”, escreveu.

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