Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

As vozes do morro no Rock in Rio

Artistas transformam Espaço Favela em palco de protestos - rapper pede renúncia do governador

Por Fernando Molica
Atualizado em 28 set 2019, 14h56 - Publicado em 27 set 2019, 23h50

O Espaço Favela, que estreou nesta edição do Rock in Rio, provocou reações opostas até mesmo de artistas que lá se apresentaram nesta sexta-feira, 27 – alguns criticavam a visão estereotipada dessas comunidades, outros ressaltavam a chance de se apresentarem num dos maiores festivais do mundo.

Manifestações contraditórias ocorreram até num mesmo show – uma das atrações da noite, a rapper e atriz Gabz frisou a emoção de protagonizar um dos shows; bailarinos que se apresentaram ao seu lado, frisaram, ao microfone, que favela não era apenas aquele cenário e que o espaço não os representava.

Na plateia, a autônoma Luana Amorim, elogiou o espaço: “Todo o Rio precisa ser representado”, disse. A estudante Beatriz Dantas, de 19 anos, foi mais crítica. “É cenográfica demais. Além disso, moradores de favelas não têm como comprar ingresso para o Rock in Rio”, frisou (a meia entrada custa 262,50 reais).

A polêmica em torno do palco provocou até mudanças numa das atrações. Por conta de críticas em redes sociais, o grupo Nós do Morro cortou, do início de sua performance, sons de helicópteros que remetiam a operações policiais em favelas. Apresentados na terça-feira, durante um evento teste, os efeitos sonoros foram condenados por muita gente e ficaram de fora do show desta sexta-feira.

Continua após a publicidade

Único palco sem cobertura do Rock in Rio, o Espaço Favela virou palanque de protestos. A vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, e o DJ Rennan da Penha – que está preso, acusado de associação ao tráfico – foram citados. As mortes de crianças em favelas foram lembradas por MC Carol  e Gabz – esta chegou a dizer que, na segunda-feira, esperava receber a notícia da renúncia do governador do estado, Wilson Witzel (PSC).

Durante sua apresentação, bailarinos exibiram cartazes que formavam a frase “Parem de nos matar”. No palco também foi mostrada uma bandeira brasileira estilizada, em preto e branco, que tinha a frase “Nós nos amamos”. Gabz encerrou seu show com um de seus sucessos, um funk que resumia a tentativa de apropriação da favela cenográfica: “O baile é nosso, neguim, é tudo nosso”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.