Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Artistas saem frustrados de reunião com secretário da Cultura de Bolsonaro

Participaram do encontro com Mário Frias figuras conhecidas como Gilberto Gil, Milton Nascimento, Paula Fernandes, Frejat e empresários do ramo

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 ago 2020, 12h40 - Publicado em 13 ago 2020, 12h32

Músicos e compositores saíram frustrados de uma reunião realizada nesta quarta-feira, 12, por videoconferência, com o novo secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Mário Frias. Em pauta, os artistas queriam discutir um requerimento de urgência ao projeto de lei 3.968 de 1997, que está na Câmara, e que trata da isenção do pagamento dos direitos autorais pelo setor hoteleiro. A primeira decepção dos convidados – que iam de Gilberto Gil à sertaneja Paula Fernandes – é que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a quem a secretaria de Cultura é subordinada, foi convidado, mas não compareceu. A reunião serviu também para que houvesse um primeiro contato do secretário com os artistas – que se surpreenderam com a postura solicita de Frias.

A maior frustração, segundo uma fonte ouvida pela reportagem de VEJA que participou da reunião, ocorreu porque o novo secretário não estava ciente do projeto de lei sobre o pagamento dos direitos autorais, que deverá ser votado sem que a classe artística tenha sido ouvida. A ausência do ministro do Turismo também foi sentida, já que a demanda do grupo envolve o setor hoteleiro, que quer deixar de pagar os direitos autorais das músicas tocadas dentro dos quartos de hotéis. 

Além de Gil e Paula Fernandes, participaram do encontro virtual Milton Nascimento, o roqueiro Frejat, os empresários José Fortes (dos Paralamas do Sucesso), Leninha Brandão (de Zeca Pagodinho) e Fábio Almeida (Ivete Sangalo), além de representantes da Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus), da União Brasileira de Compositores (UBC) e do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

A primeira impressão deixada pelo secretário superou expectativas. Mário Frias se mostrou educado e objetivo. Ele pediu que a classe encaminhe pareceres sobre o tema, que serão analisados afim de que seja tomada uma providência. A reunião, no entanto, foi protocolar e nenhuma decisão concreta foi tomada. “É mais um secretário novo que está entrando. O entra e sai de titulares prejudicou a pasta. Ele está acabando de chegar e ainda não sabe o que está acontecendo”, disse a fonte, destacando que Frias se encontra em uma situação delicada politicamente, pois a demanda do grupo, que é a manutenção do pagamento dos direitos autorais, vai de encontro à demanda do setor hoteleiro e de turismo, que não quer pagar as taxas. “É difícil acreditar que o ministro do Turismo vá apoiar a cultura nesta questão”. 

Todos os participantes se manifestaram durante a reunião. O cantor Frejat, por exemplo, destacou a importância do direito autoral estar na pauta da secretaria. Gil, que foi ministro da Cultura durante o governo Lula, entre 2003 e 2008, afirmou que o Ecad representa a classe e não pode ser enfraquecido. A mensagem geral foi a de que era necessário abrir uma conversa da secretaria com os artistas e não evitar o debate entre todas as partes envolvidas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.