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Antônio Venâncio, o nome da pesquisa nacional

Aos 50 anos, o carioca é o primeiro nome que vem à cabeça quando o assunto é resgatar a memória nacional em arquivos para o cinema brasileiro

Por Carol Nogueira
24 nov 2012, 11h22

Para os pesquisadores, o trabalho deles não é reconhecido como deveria. Mas, ainda que lentamente, a gratificação pelo serviço começa a chegar. No mês passado, o Festival do Rio entregou prêmio especial ao carioca Antônio Venâncio, que está envolvido em praticamente todos os últimos filmes e exposições sobre grandes figuras brasileiras, como os longas A Música segundo Tom Jobim, Tropicália, Raul – O Início, o Fim e o Meio, todos deste ano, e as mostras Bossa na Oca (2008) e Roberto Carlos – 50 Anos de Música (2010).

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Pioneiro na pesquisa audiovisual no Brasil, Venâncio, de 50 anos, começou no ramo na década de 1990. Ele havia acabado de passar uma temporada nos Estados Unidos, onde estudou na Universidade de Nova York (NYU) e trabalhou no bureau nova-iorquino da Rede Globo. De volta ao Brasil, foi apadrinhado pelos irmãos Walter Salles e João Moreira Salles, que na época precisavam de imagens raras de futebol dos anos 70 para a série documental Futebol, dirigida por João para o canal GNT, em 1997. Na época, Venâncio usou seus contatos na rede inglesa BBC para conseguir as imagens. E caiu no gosto do diretor.

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Desde então, o carioca se tornou o maior nome em pesquisa audiovisual no Brasil. Ele chega a trabalhar em até “quatro, cinco, seis” projetos por vez. “A procura é grande, pois não há muitos profissionais especializados no Brasil.” O trabalho, conta ele, se assemelha ao de um detetive. “Hoje em dia, a pesquisa pode começar pela internet, mas grande parte ainda é presencial, feita dentro dos acervos”. Depois de encontradas as imagens, o pesquisador tem de procurar o autor e o retratado para pedir o licenciamento dos direitos autorais e de imagem.

Por causa da dificuldade nas pesquisas, Venâncio acabou montando um acervo próprio. Quando faz buscas por materiais específicos para projetos, acaba encontrando preciosidades que – no que colegas classificam como “loucura, obsessão” – compra com seu dinheiro, por achar que um dia podem servir para alguma coisa. “Às vezes, compro e mando telecinar (processo que transforma filme em vídeo para que as imagens possam ser exibidas, por exemplo, em DVDs)“, afirma.

Seu acervo, hoje, já é tão grande que ocupa um apartamento inteiro do prédio onde mora no Rio – ele, a mulher e a filha de 11 anos vivem em um, a “coleção” fica em outro.

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