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Além do futebol: Catar aposta na arte para conquistar turistas na Copa

País do Oriente Médio espalhou esculturas pelo território e oferece até passe especial que dá acesso a uma série de atrações culturais em museus locais

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 nov 2022, 10h15 - Publicado em 21 nov 2022, 10h09

O apito inicial no jogo entre Catar e Equador, no domingo 20, deu o pontapé inaugural da Copa do Mundo do Catar, que agitará o país do Oriente Médio até o dia 18 de dezembro. Controverso por seu desrespeito recorrente aos direitos humanos, o país vê no evento uma forma de “limpar a barra” com o mundo. Além do futebol, que estampará as manchetes durante todo o mês, o arsenal cultural preparado para o torneio é uma aposta poderosa do governo para transmitir ao mundo uma imagem de modernidade. Para isso, a organização do evento transformou a região desértica em uma espécie de “museu a céu aberto”.

Desde que a preparação começou, no ano passado, cerca de quarenta esculturas foram espalhadas pelos arredores de Doha, capital do país. Antes disso, uma série de outras obras já haviam sido adquiridas, como a imponente A Viagem Milagrosa, do inglês Damien Hirst: um grupo de catorze esculturas gigantes de bronze que retratam o desenvolvimento de um feto da fecundação até o nascimento. Entre as novidades destacam-se ainda trabalhos como a instalação Shadows Traveling on the Sea of the Day (Sombras viajando no mar do dia), do islandês Olafur Eliasson, uma série de arcos combinados com espelhos que se misturam à paisagem do deserto; o Dugongo espelhado de 30 metros do americano Jeff Koons; e o TempleEarth do brasileiro Ernesto Neto, que usa do crochê para brincar com a ideia do futebol em uma espécie de gol octogonal.

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A Viagem Milagrosa, de Damien Hirst, retratando fases do desenvolvimento de um embrião (Qatar Museums/Reprodução)

Para além das esculturas espalhadas pelo Catar, os museus do país também prometem atrair parte do 1,5 milhão de turistas esperados para a Copa. O Catar conta com dois dos museus mais proeminentes do Oriente Médio: o Museu Nacional do Catar e o Museu de Arte Islâmica. No total, cerca de 300 experiências artísticas, entre instalações, exposições e eventos, estão previstas pelo Qatar Creates, programa que tem o inglês David Beckham como uma espécie de “garoto-propaganda”.  O projeto oferece um ingresso especial que dá acesso a atrações culturais do país, com valores que vão de 290 a quase 3.000 reais.

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Museu de Arte Islâmica, em Doha, um dos principais museus do Oriente Médio (Julian Finney/Getty Images)
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O Museu Nacional do Catar, em Doha (Julian Finney/Getty Images)

A ideia, é claro, é conquistar os turistas para que eles retornem futuramente, Até 2030, o país pretende abrir uma série de instituições artísticas, incluindo Art Mill Museum (AMM), voltado para arte moderna e contemporânea, e o Lusail, dedicado à chamada “arte orientalista”, ambos com projetos apresentados ao público em mostrar especiais.

Confira mais fotos:

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Escultura O Falcão, de Tom Classen (Qatar Museums/Reprodução)
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Instalação East West/West East de Richard Serra no deserto de Doha (Qatar Museums/Reprodução)
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O Navio, do artista Catari Faraj Daham, no Al Janoub Stadium (Qatar Museums/Reprodução)
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InstalaçãoTemple Earth do brasileiro Ernesto Neto (Iwan Baan/Cortesia Tanya Bonakdar Gallery/Reprodução)
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Instalação Shadows Traveling on the Sea of the Day, de Olafur Eliasson, no deserto Catari (Iwan Baan/Cortesia do artista/Reprodução)
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