Cultura

5 livros que foram sucesso de vendas durante a Bienal do Rio 2025

Editoras compartilharam títulos mais procurados da edição

Por Bárbara Bigas 23 jun 2025, 16h53

Ao longo de duas semanas, a Bienal do Rio 2025 recebeu 740.000 visitantes e resultou em recordes em vendas para diversas editoras. No total, foram vendidos 6,8 milhões de livros, 23% a mais do que a edição anterior, em 2023. Confira a seguir a seleção de VEJA de alguns dos livros mais procurados pelos que passaram pelo evento.

A Cabeça Do Santo, de Socorro Acioli (Companhia das Letras)

Antes de morrer, a mãe de Samuel faz um pedido ao filho: que ele procure sua avó e seu pai, que nunca conheceu. O menino então vai até Candeia, uma cidadezinha no Ceará, onde descobre a cabeça de uma imensa estátua inacabada de Santo Antônio. Curioso com o achado, Samuel se dá conta de que tem o dom de escutar preces femininas direcionadas ao Santo quando está dentro da cabeça esculpida. O romance irônico e com tom de fantasia, escrito pela cearense Socorro Acioli, foi um dos livros mais vendidos da Companhia das Letras durante a Bienal do Rio 2025.

Capa de 'A Cabeça do Santo' — – (Companhia das Letras/Reprodução)

Continua após a publicidade

Três, de Valérie Perrin (Intrínseca)

Adrien, Étienne e Nina se conhecem na escola na infância e juram amizade eterna. Como é comum nas relações humanas, os amigos, porém, se afastam e tornam-se completos desconhecidos três décadas depois. A trajetória do trio volta a se cruzar quando um carro encontrado no fundo de um lago dá início a uma reportagem investigativa. No estande da Intrínseca, o livro fez sucesso e entrou para a lista dos vinte mais vendidos da editora durante a Bienal.

Três, de Valérie Perrin (tradução de Julia Sobral Campos; Intrínseca; 528 páginas; 89,90 reais e 62,90 em e-book) (./.)

Continua após a publicidade

Água Viva (Rocco)

Com edições comemorativas de todas as obras de Clarice Lispector, a editora Rocco viu Água Viva ser um grande sucesso durante a Bienal. No livro, a protagonista, que não tem nome, reflete sobre estar nesse mundo, sobre a própria solidão, numa narrativa onde os limites entre o interior e o exterior estão borrados. A Hora da Estrela, outro de Clarice, também aparece entre os dez títulos mais vendidos da editora Rocco.

Água Viva, de Clarice Lispector (Rocco/Reprodução)

Dias Perfeitos (Companhia das Letras)

O roteirista e escritor de suspenses Raphael Montes emplacou seis livros entre os quinze mais vendidos da Companhia das Letras — sendo 5 deles os 5 primeiros da lista. Em Dias Perfeitos, Téo é um jovem estudante de medicina que entende muito de dissecar cadáveres e cuida de sua mãe doente. Quando conhece Clarice, uma jovem aspirante a roteirista por quem se apaixona, o protagonista se vê obcecado e disposto a cometer loucuras para tê-la ao seu lado. Ele então tem a ideia de levá-la na viagem de carro sobre a qual escreveu em um de seus roteiros — para isso, ele a sequestra.

Continua após a publicidade

Dias Perfeitos, de Raphael Montes (Companhia das Letras/Reprodução)

Casas Estranhas (Intrínseca)

Escrito por um autor de identidade desconhecida — seu rosto é sempre coberto por uma máscara de papel machê –, Casas Estranhas é fenômeno de vendas no Japão, cuja história reúne um especialista em ocultismo e um arquiteto para descobrir os segredos de uma casa repleta de cômodos suspeitos. O mistério que envolve tanto a sinopse do livro quanto a própria identidade do autor (ou autora) o colocou entre os mais vendidos da Bienal do Livro deste ano.