San Marino torna-se primeira república com chefe de estado abertamente gay
O político Paolo Rondelli é um ativista LGBT e assumirá como um dos dois chefes de estado por um mandato de seis meses
A república de San Marino, fundada no ano 301, é uma das mais antigas do mundo e uma das poucas cidades-estados da Europa medieval que sobreviveram ao tempo, junto com Andorra, Liechtenstein e Monaco. Agora, esse antigo país acaba de se tornar um dos mais progressistas do mundo ao nomear o primeiro chefe de estado abertamente gay.
Paolo Rondelli, de 58 anos, será um dos dois capitães regentes, escolhidos por voto indireto, que presidirão a nação de menos de 35 mil habitantes pelos próximos seis meses. O político é membro do parlamento de San Marino e já foi embaixador do País nos Estados Unidos por nove anos. É também um ativista dos direitos da comunidade LGBTQIA+.
A decisão foi considerada histórica, especialmente por conta do passado de rígidas leis que puniam a homossexualidade. Em 2004, por exemplo, Rondelli poderia ser condenado à prisão simplesmente por ser gay. Recentemente, no entanto, a república tem avançado pautas mais progressistas. Casais do mesmo sexo foram reconhecidos em 2016 e, em 2021, o aborto foi legalizado.
Rondelli é o primeiro chefe de estado gay do mundo. Há outros exemplos de lideranças do governo abertamente gays, como o primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, a primeira-ministra sérvia, Ana Brnabić, e a ex-primeira-ministra islandesa Johanna Sigurdardottir.