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“Não é prosperidade, é dinheiro mesmo”, diz designer, sobre amuletos que cria para pedidos específicos

As peças feitas por Ana Pessoa são feitas na Tailândia e abençoadas por monges japoneses no Monte Fuji para atrair dinheiro, amor e saúde

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 dez 2024, 09h50 - Publicado em 27 dez 2024, 12h52

Ana Pessoa era jornalista. Foi, inclusive, repórter de VEJA. Mas quis o destino que ela seguisse outro caminho, totalmente inesperado. Na busca por desenvolver sua auto cura e levar uma vida mais livre e criativa, acabou indo para a Ásia e chegando ao estudo e prática do Shintoísmo – filosofia milenar que define o modo de ser do japonês. Mas não parou por aí. Orientada por monges do Santuário Takeda, que viraram seus mentores, Ana virou designer de joias. “Nunca imaginei que poderia fazer. Mas eles disseram que sim, e virou um propósito”, diz.

Incentivada por eles, criou seus primeiros omamoris, amuletos tradicionais japoneses, frequentemente encontrados em santuários shintoístas e templos budistas. A versão clássica é feita de pequenos pedaços de papel ou madeira, que contém orações ou escrituras envoltas em pequenos sacos de seda jacquard. Cada Omamori, com um propósito específico, indicado pelo tipo de oração ou inscrição acondicionada dentro do amuleto. No caso das criações de Ana, são feitos em edição limitada e concebidos em formatos de joias, todos abençoados aos pés do Monte Fuji pelos monges, que escreveram mantras, um a um, para cada peça.

São três braceletes que remetem a desejos básicos e essenciais para a maioria das pessoas:  saúde, amor e dinheiro. “É exatamente isso. Não é, por exemplo, como a cultura ocidental que você deseja prosperidade. É dinheiro mesmo. Eles não têm esse complexo de culpa. Eles colocam nos amuletos a energia do que querem realmente”, conta a designer mineira, radicada em Tóquio.

Feitas na Tailândia, mas com capim dourado brasileiro

Com as peças, produzidas artesanalmente na Tailândia utilizando prata, pedras preciosas lapidadas em Jaipur (Índia) e capim dourado, trançado por artesãs da comunidade quilombola Mumbuca, no Jalapão, em Tocantins – materiais também indicados pelos monges. Assim, ela não só deu o primeiro passo para difundir o Shintoísmo, como abriu uma marca de produtos e experiências, a Kami no Michi (expressão que significa Caminho dos Deuses ou Caminho do Sagrado).

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Outra peça feita por ela é o bracelete Ryu, uma linha especial produzida apenas para este ano. “2024 foi do dragão de fogo, um ano desafiador, em que as chamas do dragão iluminam todas as sombras para revelar verdades que estavam escondidas”, detalha, sobre a peça, que só tem a cabeça e o rabo em prata e o corpo é feito de palha de Buriti trançada em formato de infinito (8). O corpo da pulseira forma uma espinha maleável e diferente dos amuletos com intenções específicas, esse é para proteção e iluminação. “Agora, em 2025, entraremos no ano da cobra, que promete ser um ano de colheita e acolhimento, após o turbilhão deste ano do dragão”, revela.

Funcionam?

Vale dizer que embora façam parte da cultura japonesa, os Omamoris nada têm a ver com religiões. Tampouco com misticismo. Podem ser usados por qualquer pessoa, independentemente de suas crenças. “Eles servem como símbolos de fé e esperança e proporcionam conforto espiritual e um sentimento de proteção aos que os carregam”, atesta Ana. Se funcionam? Segundo a designer, existem muitas pessoas que conseguiram atingir seus objetivos.

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A jornalista Mariana Godoy, por exemplo, presenciou algumas conquistas. “Comprei uma pulseira de cada e realmente fiquei impressionada. A do dinheiro, por exemplo, dei a um amigo com dificuldades financeiras. Em pouquíssimo tempo, ele conseguiu arrumar trabalhos que melhoraram sua situação” relata Mariana. “Ele, então, passou a outra pessoa”. Detalhe, as pulseiras duram cerca de um ano. Devem ser usadas todos os dias, mas se desfazem conforme passa o tempo e ela ajuda a pessoa a alcançar seus pedidos. No Brasil, as peças estão à venda na loja IT Design, localizada no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

 

 

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