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Gucci tem queda de 25% nas vendas e traz mais problemas a Kering. Demna pode ser a salvação

Saint Laurent e Balenciaga também sofreram com quedas. Bottega Veneta é a única que cresceu em 7% em vendas no varejo

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 abr 2025, 18h50

Em meio à luta para se recuperar da crise que assola o mundo do luxo, as vendas da Gucci caíram 25% no primeiro trimestre – mais um golpe desferido no grupo francês Kering, detentor da marca, que já havia sofrido pela queda de 21% das vendas de sua principal marca no ano passado.

E não foi só a Gucci. As vendas do grupo também registram uma queda de 14% no primeiro trimestre em outras grifes da holding, entre elas, Saint Laurent e Balenciaga. Na semana passada, a rival LVMH também relatou queda de 5% nas vendas de sua divisão de moda no primeiro trimestre.

“O tráfego foi fraco em regiões-chave. Diante desse cenário difícil, nossas vendas no varejo desaceleraram”, disse Armelle Poulou, diretora financeira da Kering. As vendas da Saint Laurent caíram 9%, enquanto a categoria “Outros Luxos” da holding, que inclui Balenciaga, McQueen, Boucheron e Pomellato, recuou 11%.

A Bottega Veneta é a única que operou positivamente para a Kering, com aumento de 7% nas vendas no varejo. “Clientes mais jovens, bem como VIPs, contribuíram para o crescimento”, afirmou Armelle ao Business of Fashion.

Foco na Gucci

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A preocupação maior da Kering, no entanto, continua sendo a Gucci, que ainda representa mais de 60% do lucro operacional do grupo. A marca tem lutado para reverter essa situação sob a nova gestão de Stefano Cantino, CEO contratado no ano passado, antes da Louis Vuitton.

Desde 2023, a situação do grupo, porém, só vem piorando. Em 2024, as ações despencaram 50%. “Permanecem em modo de espera até que o novo diretor criativo da Gucci (Demna) apresente sua primeira coleção”, afirmou o analista financeiro, Piral Dadhania. Atual designer da Balenciaga, ele, porém, não chegará oficialmente à Gucci antes de julho.

Na Gucci, “Demna vai dar continuidade à visão da marca. É uma construção, não um cancelamento [de esforços anteriores]. Não estamos esperando na Gucci para ter produtos Demna”, disse Francesca Bellettini, co-vice-CEO da Kering. “Vamos continuar tendo novidades chegando à loja, vamos continuar inovando”

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Entre elas, algumas foram apresentadas nesta quarta-feira 23. O compromisso de reafirmar a herança da grife se materializou principalmente por meio de campanhas que eliminaram o estilo associado ao ex-estilista Alessandro Michele, uma reformulação estratégica para as bolsas Bambu, que ganharam uma apresentação mais alegre, porém, sofisticada e o lançamento de lenços repleto de estrelas para celebrar sua tradição em sedas. “Estamos comunicando a marca e sua aura. Vocês viram a magnitude e a qualidade do que estamos fazendo”, finalizou Francesca.

Tarifaço e China

Escondido sob os números sombrios da Gucci, havia um comentário bem-vindo sobre o estado mais amplo do luxo: embora muitos temessem que a incerteza do consumidor e a volatilidade do mercado de ações ligadas à guerra comercial de Trump pudessem afundar o importante mercado dos EUA, a Kering afirmou que as vendas do primeiro trimestre para os americanos permaneceram alinhadas ao final de 2024 e não caíram nas últimas semanas.

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“Não vimos nenhuma mudança nas tendências no momento, mas sabendo que a volatilidade não é boa para a confiança do consumidor, permanecemos vigilantes”, disse a diretora financeira, Armelle Poulou.

Na China, “a visibilidade é muito limitada” quanto ao impacto das tensões comerciais e das medidas de estímulo” completou. Segundo o grupo francês, as vendas no Japão desaceleraram à medida que o país anualizou os ganhos impulsionados pelo crescimento das compras turísticas e com a redução das diferenças de preços em relação aos outros mercados devido à desvalorização do iene.

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