Grupo Marriott inaugura primeira unidade da marca W no bairro da Vila Olímpia
W São Paulo ocupa espaço do antigo Via Funchal e mistura estrutura hoteleira com apartamentos residenciais

A região da Vila Olímpia, em São Paulo, tem uma rede hoteleira importante, que atende os executivos que passam por lá, geralmente a trabalho. Mas para o grupo Marriott faltava uma opção mais luxuosa. Foi assim que surgiu o W São Paulo, que mistura hotel e residências de luxo e acaba de abrir as portas na capital paulista.
O hotel está instalado no terreno que já foi ocupado, entre 1998 e 2012, pelo Via Funchal, uma das mais importantes casas de espetáculo da cidade. Recebeu astros da música nacional e internacional, de B.B. King a Peter Frampton, de Jorge Ben Jor a Slayer, de Bob Dylan a Motorhead. Mas a valorização do bairro da Vila Olímpia fez com que o espaço fosse fechado em 2012.
A estrutura conta com 179 quartos de hotel, sendo 17 suítes, e 218 apartamentos (quase todas já comercializadas). Algumas suítes e o spa ainda estão sendo finalizados e devem ser inaugurados em março. A recepção fica no 26º andar, separando as duas propostas. Abaixo, estão os apartamentos. Acima, os quartos de hotel. As diárias custam a partir de R$ 3.250.
De acordo com Idu Ribeiro, diretor-geral do W São Paulo, a proposta é oferecer uma experiência de luxo com foco no lazer e na gastronomia. A estrutura conta com três bares e dois restaurantes, que podem ser acessados mesmo por quem não está hospedado ou mora nas residências.

Um dos restaurantes é o L40, instalado no 40º andar, ao lado do deck molhado. A proposta é oferecer um menu que dialogue com diversas culturas gastronômicas localizadas na latitude 40 do planeta, de China e Coreia a Espanha. O cardápio, elaborado pelo chef executivo Thomaz Leão, oferece, por exemplo, uma coxinha de pato de Pequim, tradicional iguaria chinesa, e um arroz caiçara servido como paella.
O segundo restaurante, Baio, tem menu assinado pelo chef Tuca Mezzomo, do Charco. Conhecido por sua pesquisa sobre a cozinha da região Sul do país, ele trouxe essa mesma proposta, mas com um toque cosmopolita. A estrutura conta com um Josper, forno a carvão em que ele faz vários preparos na brasa, com uma “rusticidade controlada”, como fiz.
Há também os bares, como o Yoso, que faz as vezes de café durante o dia e serve uma variedade de doces de inspiração japonesa. À noite, o clima muda e a proposta é oferecer coqueteis e doses da vasta coleção de rótulos de whisky.
O prédio foi construído do zero em uma parceria entre o Marriott e HBR Realty e a incorporadora Helbor. O projeto arquitetônico é do escritório Aflalo/Gasperini Arquitetos, e o design de interiores é assinado pela portuguesa Nini de Andrade.