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França declara guerra à Shein e Temu e aprova projeto de lei contra ‘fast-fashion’

Empresas asiáticas terão que conscientizar clientes sobre o 'impacto ambiental' de suas roupas e pagar multas de pelo menos 10 euros por peça, até 2030

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jun 2025, 09h14 - Publicado em 11 jun 2025, 09h10

Nesta terça-feira, 10, a França aprovou o projeto de lei para frear o crescimento da “fast fashion”, com roupas e acessórios de baixo custo principalmente feitos por empresas orientais como a Shein e a Temu. Sob argumentos ambientais e de prejudicar a indústria têxtil local, a proposta de Cécile Violland foi aprovada por unanimidade no Senado francês após um ano de tramitação.

O projeto de lei estabelece uma série de instrumentos que limitam a moda “ultra-rápida”, com penalizações para empresas poluidoras, proibição de publicidade, obrigações para plataformas e sanções para influenciadores. O próximo passo é um acordo entre deputados e senadores para a implementação do projeto. Enquanto isso, a Comissão Europeia será notificada e poderá enviar suas observações ao país.

“Este é um passo importante na luta contra o impacto econômico e ecológico da moda rápida e ultrarrápida, e um frande sinal enviado tanto a fabricantes quanto a consumidores”, disse Agnès Pannier-Runacher, ministra da Transição Ecológica.

Shein não gostou

Já a Shein reagiu ao texto dizendo que “corre o risco de colocar a responsabilidade pela sustentabilidade sobre os consumidores, que já enfrentam pressões econômicas, reduzindo ainda mais seu poder de compra. “Moda é um direito, não um privilégio”, dizia um dos cartazes da empresa chinesa, a mais visada pelos políticos franceses.

“Traçamos uma linha clara entre o entre o que queremos regular, a moda ultrarrápida, e o que queremos preservar: a moda acessível, mas enraizada, que emprega na França, que estrutura nossas regiões, que cria conexões e apoia a economia local”, disse a senadora Sylvie Valente Le Hir, do partido Os Republicanos e relatora do projeto de lei, que se entrar em vigor, obrigará a plataforma chinesa e outras a cumprir obrigações como conscientizar os consumidores sobre o “impacto ambiental” de suas roupas, pagar “ecocontribuições”, vinculadas aos critérios de “sustentabilidade” das empresas e, no caso de não cumprir, pagar uma multa que atingirá pelo menos 10 euros por item, até 2030.

Segundo a AFP, os principais nomes da moda francesa pediram que os senadores se mantenham firmes ao “ambicioso” projeto, não cedendo ao “lobby infernal da Shein que tenta sabotá-lo”. O Senado francês também aprovou a introdução de um imposto sobre pequenas encomendas entregues por empresas fora da União Europeia, variando de dois a quatro euros como uma forma de ampliar o objetivo do projeto de lei, visando especialmente a Temu, outra grande asiática do comércio eletrônico.

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