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Expoente da arte na Espanha: quem era Josep Maria Mallol Suazo, pintor espanhol casado com brasileira

Artista catalão, ele volta a ser lembrado 40 anos após sua morte pela arte clássica e passagens pelo Brasil com a esposa escultora e fã da Loewe

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 Maio 2025, 20h00

Josep Maria Mallol Suazo era um dos maiores expoentes da arte não vanguardista no período pós-guerra Civil, na Espanha. Catalão, ele trabalhou como ilustrador, sob o pseudônimo Lollam até se formar na renomada Escola de Belas Artes La Lonja, em Barcelona. Artista requisitado, inclusive para pintar retratos da realeza espanhola, foi nomeado membro da Real Academia de Belas Artes de San Fernando e conquistou diversas distinções na Espanha e no exterior, com obras expostas em Londres, Nova York, Paris, Caracas e Montevidéu, além da Sala Parés de Barcelona, onde foi um dos pintores mais importantes.

O que muita gente não sabe, porém, é que o pintor espanhol chegou a morar no Brasil na década de 1960. Mais: se casou com a brasileira Alba Blanes, que embora também pintasse e esculpisse, conheceu como modelo de pintura. De gênio forte e estilo sofisticado, era ligada à moda, com clara preferência aos artigos de couro e camurça da Loewe (na época Casa Loewe), que chegava a enviar toda sua coleção antes do lançamento oficial para que ela escolhesse suas peças favoritas.

Fundada em 1846 como Casa Loewe, a Loewe é hoje uma das mais quentes e festejadas grifes do conglomerado de luxo LVMH, dona da Louis Vuitton e Dior, maisons francesas também frequentadas pela esposa de Mallol que, conta-se, não seguiu o caminho da pintura para “não competir com ele.”

No entanto, não havia competição. Mallol era muito autoral e sempre esteve distante das vanguardas, preservando um estilo marcadamente pessoal, mesmo em um contexto considerado essencial para a renovação da arte. Justamente por se manter fiel ao seu estilo, permaneceu relevante na Europa, mas sem a repercussão mundial da turma dos “ismos” – com alguns até conservava certa proximidade como o pintor Juan Miró, com quem, dizia-se, mantinha uma espécie de sindicato dos pintores para incentivar talentos – Salvador Dali, inclusive, que depois se tornou um dos artistas surrealistas mais importantes  do mundo.

Quase 40 anos após sua morte, Mallol ainda é lembrado pelos famosos retratos – de mulheres, crianças e especialmente, da esposa Alba, em todas as fases de sua vida. Também pelo grande número de pinturas de paisagens que testemunharam o período que passou no Brasil. Em tempos de tanta nostalgia e referências ao vintage, mantém seu legado vivo pela arte voltada ao belo e essencialmente clássica.

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Veja obras de Josep Maria Mallol Suazo: 

Autorretrato

paisagem

obra

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obra

 

obra

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