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Estudo mostra o impacto da maconha na vida sexual

Pesquisadores do Canadá constataram que 74% dos entrevistados relataram aumento na satisfação com o sexo e 60% disseram ter mais desejo sexual

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 abr 2022, 10h24 - Publicado em 5 abr 2022, 09h40

Embora estudiosos e usuários relatem há décadas que a maconha tem um impacto positivo nas relações sexuais, a falta de pesquisas específicas e a dificuldade de financiar esse tipo de estudo prejudica um entendimento mais profundo das relações entre a cannabis e o sexo. Para contornar essas barreiras, pesquisadores têm criado questionários para coletar relatos.

Um estudo conduzido por cientistas do Canadá e publicado no periódico The Journal of Sexual Medicine constatou que quase 50% dos mais de 200 homens e mulheres que responderam a um questionário online afirmaram que a maconha aumentou o desejo por sexo. O aumento da satisfação sexual foi identificado por 74% dos entrevistados. Nem todas as descobertas foram positivas: 16% disseram que embora as relações apresentassem melhora em alguns aspectos, em outras elas eram prejudicadas pelo uso da substância.

Outro estudo anterior, publicado em 2019 e conduzido por Becky K. Lynn, especialista em medicina sexual e menopausa que dá aulas Escola de Medicina da Universidade de Saint Louis, no Estado americano do Missouri, entrevistou 373 mulheres e constatou que 34% delas usavam maconha antes do sexo e diziam sentir mais prazer no sexo.

As evidências, no entanto, apontam que há contraindicações no uso. Um levantamento da International Society for Sexual Medicine aponta que homens que disseram usar a cannabis antes do sexo tiveram problemas de ereção, falta de desejo sexual e sofreram com ansiedade ou dores diversas.

O maior problema para obter dados mais confiáveis e amplos está no fato de que a maconha é uma droga considerada ilegal pelas leis federais dos Estados Unidos. Ela pode ser usada para fins medicinais em 37 estados, e para fins recreativos para adultos em 18. Pesquisadores relatam dificuldades em obter autorizações e financiamento para conduzir estudos apropriados com a população em geral. Normalmente, os questionários são destinados apenas a cidadãos que já usam a maconha com regularidade.

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