Equipe de games tem patrocínio maior do que clubes de futebol
Novo acordo de 15 milhões de reais supera, por exemplo, valor do contrato da Banrisul com o Internacional
Recentemente, a Furia, uma das maiores equipes de e-sports do Brasil, fechou um contrato de patrocínio com a FTX pelo valor de 15 milhões de reais, representando o maior valor já negociado na história dos esportes eletrônicos brasileiros.
A FTX é uma empresa de criptomoedas que, a partir desta semana, será a maior patrocinadora da Furia, ao lado de nomes Red Bull e Santander. O patrocínio abrangerá os atletas em seus streamings e em suas redes sociais, além de exposição do nome da marca no uniforme dos atletas.
O curioso é que o contrato é superior a diversos negócios fechados por clubes da série A do Campeonato Brasileiro. Os acordos do São Paulo com a Bitso e do Internacional com a Banrisul, por exemplo, envolvem valores inferiores aos 15 milhões de reais.
A notícia é mais um sinal do avanço dos esportes eletrônicos pelo Brasil e pelo mundo. Com apoio em transmissões ao vivo e no uso das redes sociais para a divulgação de conteúdo, cada vez mais jovens têm se interessado pelas disputas dessa modalidade.
Ultimamente, competições do tipo têm atraído centenas de milhares de espectadores pelo Brasil. Pelo mundo, o número é ainda maior: a final do Campeonato Mundial de League of Legends de 2021 bateu, em seu pico, o recorde de audiência de disputas da modalidade, com mais de 4 milhões de pessoas assistindo ao jogo ao mesmo tempo. Agora, o patrocínio cimenta a ideia de que os dias em que os e-sports não eram considerados esportes “de verdade” ficaram para trás.