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Criança deve fazer skincare? Especialista aponta problemas em marca criada por atriz

Linha de cosméticos infantis lançada por Shay Mitchell, de 'Pretty Little Liars', tem gerado debates nas redes sociais

Por Beatriz Haddad Atualizado em 18 nov 2025, 16h40 - Publicado em 18 nov 2025, 16h09

Numa época em que muito se fala a respeito das problemáticas por trás da adultização infantil e do crescimento desenfreado do fenômeno das chamadas “Sephora Kids” — crianças adeptas às maquiagens e cosméticos diversos vendidos pela loja francesa ao público adulto —, investir na criação de uma marca de cuidados com a pele totalmente voltada para crianças parece ser uma jogada ousada e um tanto quanto inusitada, mas é justamente o que fez a atriz e empresária Shay Mitchell recentemente.

Conhecida por papéis em séries como Pretty Little Liars, You e Dollface, a artista apresentou um novo projeto no começo de novembro voltado exclusivamente para o público infantil: a marca de beleza Rini. Pensada para crianças de 4 a 12 anos, a linha dermatológica tem máscaras faciais veganas, sem fragrância e feitas com fórmulas à base de aloe vera e vitamina B12. Em entrevista a VEJA, a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP) Jade Cury falou sobre as questões éticas e dermatológicas envolvidas no autocuidado infantil.

“É necessário que as crianças sejam crianças de fato e não mini-adultos. Gerar essa adultização é muito preocupante, principalmente porque hoje em dia vemos que os adolescentes estão sofrendo muito mais com a depressão e grande parte disso tem a ver com as redes sociais”, explica a médica. “Nisso, entra uma questão ética de impor esse uso de produtos de ‘skincare’, sendo que a criança não precisaria fazer nada disso. Ela tem que ser criança e brincar. Então, comercializar produtos do tipo para essa faixa etária que não precisa deles — e, além de tudo, é mais vulnerável à propaganda — é também uma questão de ética”, completa a médica.

Em relação à questão dermatológica, Cury esclarece que as crianças, no geral, não precisam de nada além de um higienizador suave e que o típico sabonete de bebê é suficiente. “O problema do uso indiscriminado desses produtos na infância é que a pele das crianças mais imaturas não tem uma boa barreira. Isso aumenta, e muito, as chances de que uma dermatite de contato alérgica seja provocada”, pontua.

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O fenômeno das “Sephora Kids”  já se revelou uma questão alarmante e que pode resultar em problemas dermatológicos. Segundo Cury, há inúmeros casos de crianças e adolescentes que compraram produtos adultos e inapropriados para sua faixa etária e apresentaram algum tipo de irritação na pele. A dermatologista ainda alerta para o fato de que, em casos mais graves, essas crianças podem ser submetidas a produtos com ácido e fotossensibilizantes, que podem desencadear reações à luz solar.

Cury também chama a atenção para uma outra questão relacionada ao uso desmedido de cosméticos pelo público infantil: a presença de substâncias e conservantes que podem afetar o sistema endócrino. “Esses disruptores alterariam, a longo prazo, ações cardiometabólicas, imunes, endocrinológicas e até mesmo de neurodesenvolvimento. Alguns estudos mostram que o QI de crianças que usam muitos produtos com esse efeito pode ser inferior, outras apresentam dificuldade na escola ou desenvolvem dermatite atópica, que é uma doença imune”, esclarece.

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