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Cais do Valongo volta a ter comitê gestor e governo federal promete museu

Localizado na região portuária do Rio de Janeiro, foi a principal porta de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 mar 2023, 15h46

Considerado pela Unesco patrimônio mundial desde 2017, o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, voltará a ter um comitê gestor participativo. A retomada do órgão, extinto em 2019, foi marcada esta semana pela visita de uma comitiva federal ao centro da capital fluminense. Revelado em 2011, durante as obras do Porto Maravilha, foi a principal porta de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas.

Antes da extinção, o grupo era composto por representantes de órgãos e instituições envolvidos na conservação do sítio, e tinha a responsabilidade de dirigir e planejar a gestão e valorização do Cais do Valongo. “A Unesco exige que ele tenha um comitê gestor, que é um comitê participativo”, disse o procurador da República Sérgio Suiama.

Um projeto de revitalização do espaço deve ser divulgado ainda este mês. Um memorial será construído em um antigo armazém, localizado em frente ao patrimônio, com recursos do BNDES. “Vamos anunciar, no dia 21 de março, toda a concepção do projeto que vai ser encaminhado”, disse Aloísio Mercadante, presidente do banco.

A comitiva também reafirmou o compromisso de construir no local um museu. “A gente está aqui para reafirmar um compromisso com o povo preto, com a memória e a reparação que a gente tem nesse lugar, um lugar histórico”, afirmou Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, que fazia parte do grupo.

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O Brasil recebeu quase quatro milhões de escravizados durante os mais de três séculos de escravidão no país, entre 1535 e 1888. Pelo Cais do Valongo, na região portuária do Rio de Janeiro, passou em torno de um milhão de africanos em 40 anos, o que o tornou o maior porto receptor de cativos do mundo.

O Cais foi construído em 1811 pela Intendência Geral de Polícia da Corte do Rio de Janeiro. O objetivo era retirar da Rua Direita, atual Rua Primeiro de Março, o desembarque e comércio de africanos escravizados que eram levados para as plantações de café, fumo e açúcar do interior do Estado e de outras regiões do país.

Com Agência Brasil

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