Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Brasileiríssimo ‘biquíni cortininha’ volta a ganhar relevância

Reverenciado por gente famosa, ele tem tudo para estourar no verão, em interessante eterno retorno

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 dez 2023, 08h00

Vem chegando o verão e, mais do que calor no coração, como diz a letra da canção de Marina Lima, o que se espera é um desfile de moda nas orlas, areias e piscinas de norte a sul. Peça inescapável na temporada é o biquíni, que se democratizou e, embora deva seu crédito ao designer francês Louis Réard, em 1946, virou produto de exportação 100% brasileiro. Entre os modelitos, quem ganha relevância, em eterno retorno, é o famoso e inescapável cortininha.

Invenção da musa Rose Di Primo nos anos 1970, o top em formato triangular ou como um quadrado franzido, ligado a um fio central e amarrado ao pescoço, tornou-se um clássico instantâneo. Continua fazendo sucesso por ser prático e adaptável a qualquer corpo. E não só: com ele, dá para controlar o tamanho da marquinha na pele deixada pelo sol, puxando daqui, esticando dali — possibilidade celebrada com louvor. Reza a lenda que esse foi um dos motivos pelos quais Rose, na época com 17 anos, passou uma tarde no ateliê de costura da mãe montando o biquíni. Monique Evans, outra modelo requisitada naquele tempo romântico, embora não muito, endossou a descoberta da colega como a melhor solução para quem, como ela, detestava as marcas de sol e queria deixá-las menos evidentes. Mas suas peças minúsculas foram além: puseram as cariocas de novo debaixo dos holofotes, como havia feito Helô Pinheiro, a garota de Ipanema de Tom e Vinicius.

CLÁSSICO - Monique Evans, na década de 1970 (à esq.), e Gigi Hadid e Luciana Gimenez hoje: menos é mais
CLÁSSICO - Monique Evans, na década de 1970 (à esq.), e Gigi Hadid e Luciana Gimenez hoje: menos é mais (Fotos Zeka Araujo; @gigihadid/instagram; @lucianagimenez/Instagram)

Havia, contudo, um salto, que agora grita ainda mais alto: ter pouco pano a cobrir o corpo era como um manifesto de liberdade. Hoje, as peças estão ainda mais criativas, impulsionando um mercado de roupas de praia que movimenta 5 bilhões de reais ao ano. Há cortininhas para todos os gostos. “Por ser tão ajustável, ele é o mais desejado pelas brasileiras”, diz o estilista Amir Slama. A versatilidade é celebrada: cabe em qualquer corpo, agrada a gregas e troianas, eis o extraordinário pulo do gato. Está todo mundo, ou quase, usando sem censura: as modelos Gigi Hadid e Izabel Goulart, a apresentadora Luciana Gimenez, a comum das mortais etc.

Continua após a publicidade

Não demoraria, claro, para atrair interesse fora do Brasil, em movimento esperado. Cortininhas com bordados, detalhes vazados ou cores metalizadas integram o figurino de celebridades como a atriz Zendaya. E então, a hashtag #biquínicortininha, assim mesmo, em português, virou febre no TikTok, com mais de 3,5 milhões de visualizações. Vale até hoje, portanto, a ideia de Réard, que batizou sua criação com o nome do atol onde eram realizados os testes nucleares por considerá-­la explosiva. Ele tinha razão. O sol é para todas, desde que a liberdade seja incondicional.

Publicado em VEJA de 1º de dezembro de 2023, edição nº 2870

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.