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Águia nazista de bronze é salva da fundição e causa polêmica no Uruguai

A peça ornamentava um navio de guerra, afundado na costa do Rio da Prata em 1939

Por Marília Monitchele Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 jun 2023, 18h57 - Publicado em 20 jun 2023, 18h48

Uma águia que adornava uma embarcação de guerra nazista durante a Segunda Guerra Mundial vem causando polêmicas no Uruguai. A peça foi encontrada na costa do país em 2006, por caçadores de tesouros. O encouraçado em que era ornamento teria sido submergido para evitar que fosse capturado por inimigos. Depois de uma longa disputa judicial, a posse foi dada ao governo uruguaio, que agora decide o que fazer com a relíquia. 

A ave, que tem aproximadamente 2 metros de altura e cerca de 400 quilos, segura uma suástica, e fez parte dos adornos do navio Graf Spee, um encouraçado de guerra afundado na costa uruguaia em 1939, em uma tentativa desesperada de evitar que ele fosse capturado por inimigos. O capitão que comandava a embarcação temia que segredos alemães fossem apreendidos pelo exército britânico. Antes de afundar, o encouraçado submergiu nada menos que oito navios mercantes das forças aliadas entre o início da Segunda Guerra Mundial, em setembro de 1939, e seu naufrágio, em dezembro do mesmo ano. 

Navio Graff Spee, afundado em 1939, onde a água era parte dos ornamentos -
Navio Graff Spee, afundado em 1939, onde a água era parte dos ornamentos – (Getty Images/Reprodução)

A propriedade da águia envolveu uma longa disputa que chegou até a Suprema Corte do Uruguai, que decidiu em favor do país. No entanto, seu destino final ainda suscita polêmicas. O artefato chegou a ser exibido brevemente em um museu de Montevidéu, onde quase causou um incidente diplomático com a Alemanha, que pediu ao Estado uruguaio que não exibisse mais a “parafernália nazista”. 

No ano de 2014, um tribunal decidiu que a estátua deveria ser leiloada e que os recursos adquiridos deveriam pagar os investidores privados que financiaram sua recuperação no Rio da Prata. Essa decisão desagradou entidades judaicas. Uma delas, o Simon Wiesenthal Center, organização judaica dedicada à defesa dos Direitos Humanos e à pesquisa do Holocausto, alertou para o perigo do artefato parar nas mãos de simpatizantes do regime nazista.  

Agora, o presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, havia proposto derreter a escultura e transformá-la em uma pomba. O líder defendeu que o símbolo de guerra poderia ser usado como um objeto de educação e ser transformado em um símbolo de paz e união. O escultor uruguaio Pablo Atchugarry já havia sido convocado para realizar essa conversão, mas apenas dois dias depois do anúncio Lacalle Pou voltou atrás, argumentando que uma maioria esmagadora de pessoas não concordava com a ideia. “Quando você almeja a paz, a primeira coisa que você precisa fazer é criar unidade e esta ideia claramente não cria”, disse o governante, que não anunciou uma nova proposta para a peça. Até que uma alternativa se mostre satisfatória para os grupos envolvidos, a peça segue sem um desfecho. 

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