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Black das Blacks: VEJA com preço absurdo
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Viver com Ousadia

Por Luana Marques Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A ansiedade pode se tornar sua maior força. A psicóloga Luana Marques, professora de Harvard, ensina como transformar o medo em ação e treinar a mente para vencer as incertezas pelo caminho.

Por que nos sabotamos diante dos sonhos — e como sair da zona de conforto?

O cérebro tenta nos proteger do novo, mas há caminhos simples para assumir o volante e seguir em direção aos seus planos

Por Luana Marques
21 nov 2025, 17h00

Todo sonho começa com um movimento: um barco distante chamando seu nome. 

A praia é tudo o que você já conhece. A rotina, as certezas, o “pelo menos aqui eu sei como funciona”. O barco é a vida que você ainda não viveu. 

E sempre existe um instante silencioso, quase imperceptível, em que o barco começa a se afastar. 

É nesse instante que o corpo fala antes da razão. Para alguns, o peito aperta. Para outros, as pernas travam. Para muitos, o impulso é voltar correndo para a areia, mesmo sabendo que ficar ali já não cabe mais. 

Eu conheço esse movimento de perto. 

Quando decidi sair da segurança de Harvard para escrever livros e levar ciência para o mundo, meu cérebro reagiu como o de qualquer pessoa diante do desconhecido. “E se der errado?” “Quem você pensa que é?” “Fique onde está.” 

E o que eu fiz? Aquilo que a ciência descreve com precisão: evitei. Enchi minha agenda, me escondi no trabalho, me convenci de que “a hora certa” ainda não tinha chegado. 

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A verdade é simples, mas ninguém gosta de admitir: evitar dá alívio imediato e prisão a longo prazo. O cérebro interpreta o sonho como ameaça e aciona o sistema de sobrevivência. Por isso, mesmo quando queremos avançar, o corpo puxa de volta para a praia. 

Décadas estudando ansiedade me ensinaram algo fundamental: não existe coragem sem desconforto. Mas existe um caminho para treinar o cérebro a não mandar na sua vida. 

É sobre isso que quero falar com você. 

Modificar: o diálogo interno que te mantém na areia 

O primeiro movimento não acontece no mundo. Acontece na mente. 

Pergunte a si mesma: “O que eu digo para mim quando penso no meu sonho?”.

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Eu aprendi essa pergunta aos 15 anos, quando minha avó percebeu que eu evitava pessoas porque acreditava que ninguém gostaria de mim. Ela me olhou, daquele jeito que só avó tem, e disse: “Luana, e se existir outra explicação?” 

Ali eu aprendi o que hoje ensino aos meus pacientes e alunos: reformular o pensamento não é ser otimista; é ser justa consigo mesma. É falar com você como falaria com sua melhor amiga. 

Abordar: passos pequenos que realmente movem o barco 

O segundo movimento é externo, mas não grandioso. É comportamental. 

Quer escrever um livro? Um parágrafo. Quer mudar de carreira? Pesquise uma vaga. Quer empreender? Marque uma conversa. 

Não é sobre coragem cinematográfica. É sobre ação consistente, aquela que sinaliza ao cérebro: “Eu posso sentir medo e, mesmo assim, me mover.” 

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A ansiedade não some. Mas perde o comando. 

Alinhar: valores como motor, bússola e combustível 

Toda mudança sustentável nasce de um valor. Algo que continua de pé quando o medo balança tudo. 

Quando pensei em seguir um novo caminho, fiz uma pergunta simples: “Se esse sonho desse certo, por que isso seria importante para mim?”.

A resposta veio tão rápido quanto o medo: impacto. Eu cresci ouvindo histórias duras em Governador Valadares, no interior de Minas Gerais. A ciência transformou a minha vida. Meu valor sempre foi devolver isso ao mundo. 

É isso que ancora o barco quando o mar fica revolto. 

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Quais são os seus três valores? Quando você os encontra, o caminho deixa de ser só destino, vira direção. 

Sonhar é tolerar o desconforto sem fugir 

É sentir medo sem paralisar. É sentir dúvida sem desistir. É sentir ansiedade sem voltar correndo para a areia. 

Esse espaço, desconfortável, apertado, vivo,  é onde o sonho começa a acontecer. 

Então eu te pergunto, com honestidade: quando você pensa no seu sonho, seu corpo se encolhe ou se aproxima? 

E se, da próxima vez, você desse um passo pequeno, mas verdadeiro? 

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Quero saber o que esse texto despertou em você. Me escreva no Instagram, adoro continuar a conversa por lá. 

Nos falamos semana que vem. Até lá, lembre-se: o barco não precisa ser fácil, ele só precisa ser seu. 

 

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