Quanto Felca teria recebido se tivesse monetizado vídeo viral do YouTube?
Com mais de 36 milhões de visualizações, vídeo do influenciador levantou debate nacional sobre a exposição infantil na internet
O influenciador Felca se tornou o centro de uma das maiores discussões digitais de 2025 após publicar, no último dia 6, um vídeo de quase 50 minutos denunciando a “adultização” de crianças nas redes sociais. A publicação viralizou rapidamente, alcançando mais de 36 milhões de visualizações no YouTube em apenas uma semana. O conteúdo denuncia práticas de exploração infantil disfarçadas de entretenimento, como perfis de crianças sexualizadas, reality shows com conotação adulta e pais que expõem filhos em busca de likes e monetização.
A repercussão foi imediata. O vídeo foi elogiado por influenciadores, artistas e políticos de diferentes espectros, gerando ações do Ministério Público, suspensão de perfis investigados e apresentação de projetos de lei no Congresso. A polêmica também reaqueceu o debate sobre a regulação das redes sociais no Brasil.
Apesar do impacto e da audiência gigantesca, Felca optou por não monetizar o vídeo — uma decisão que aumentou ainda mais sua credibilidade. Mas quanto ele teria ganhado se tivesse ativado os anúncios? Segundo especialistas, com base nos valores médios de CPM no Brasil (entre R$ 6 e R$ 15), o faturamento seria algo em torno de R$ 100 mil, especialmente considerando a duração longa e alta retenção do público. Em vídeos com mais de 10 minutos, é possível inserir múltiplos blocos de anúncios, o que multiplica os ganhos. Para conteúdos mais sensíveis, como é o caso, o CPM costuma ser mais baixo. Se o público fosse majoritariamente de países com CPM mais alto, como Estados Unidos, os valores seriam ainda maiores.
Como o valor da monetização é calculado?
O valor que um criador de conteúdo recebe no YouTube varia conforme o número de visualizações monetizadas e o chamado CPM (custo por mil impressões), que representa quanto os anunciantes pagam a cada mil exibições de anúncios. No Brasil, esse valor costuma variar entre R$ 6 e R$ 15, mas pode ser mais alto em nichos como finanças, tecnologia ou educação. Além disso, o RPM (receita por mil visualizações) considera o valor efetivamente pago ao criador após a divisão com o YouTube. Fatores como retenção do público, duração do vídeo, número de anúncios inseridos e localização da audiência influenciam diretamente no valor final.
Mesmo sem retorno financeiro direto, o vídeo consolidou Felca como uma das vozes mais relevantes da internet brasileira em 2025 — e colocou o tema da proteção infantil no centro do debate público e político.
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