O machismo por trás das críticas a Gleisi Hoffmann
Petista está sendo criticada por vídeo sobre a volta de Bolsonaro ao Brasil

Ao ter a notícia de que o Jair Bolsonaro (PL) estava retornando ao Brasil após uma temporada nos Estados Unidos, a presidenta do PT Gleisi Hoffmann publicou um vídeo alfinetando o opositor. Citando os feitos de início de mandato de Lula (PT), ela provoca o ex-presidente. “E aí, Bolsonaro? Tá voltando? Venha ver como o Brasil melhorou na sua ausência”, diz.
Após a publicação, feita na última quarta-feira, 29, bolsonaristas foram às redes sociais rechaçar Hoffmann. Ela, assim como qualquer outra figura pública, nunca agradará todos, muito menos no maravilhoso mundo do Twitter. Até aí, nada de errado. Acontece que muito além das opiniões divergentes que recebeu, a petista passou a ser chamada de “amante” de Lula.
Assim como aconteceu com Dilma Roussef (PT) na época do impeachment, quando adesivos com a presidenta de pernas abertas eram colados em torno do reservatório de gasolina dos carros, simulando um estupro, Gleisi, uma mulher de poder no meio político (que é mais de 70% masculino) sofre com escancarado machismo. Ou é possível imaginar um homem, como Lula, Bolsonaro ou Temer, sendo tachado de “amante” após uma fala que desagrada?