Até o Exército foi contagiado pelo clima de zoeira do Twitter
Por trás dos tuítes engraçados do Exército está o tenente-coronel Paulo Souza e sua equipe, que têm a missão de aproximar a instituição das pessoas

O Twitter do Exército Brasileiro tem chamado atenção dos usuários. Isso porque, ao contrário do que se poderia prever, a página é conduzida com muito bom-humor e responde seus seguidores de igual para igual.
Tudo começou quando um tuiteiro postou uma reclamação sobre o site da instituição com um xingamento. O Exército o respondeu “na lata”.

Como era de se esperar, a reação do perfil gerou muitas piadas nas redes sociais.
Que é isso Fernando…nem pensamos nisso.
— Exército Brasileiro 🇧🇷 (@exercitooficial) February 3, 2017
https://twitter.com/Herik_Matheus/status/827616306044207106
Mas também teve quem não concordasse com o tuíte engraçadinho:
Exército monitora Twitter?!…Mmmmm….tempos bicudos…
— Carlos (@Pilhaoficial) February 3, 2017
O responsável por coordenar um setor inteiro das redes sociais da instituição é o tenente-coronel Paulo Souza. Ele encabeça desde 2014 uma proposta de aproximação do Exército com as pessoas.
“Queríamos dar uma identidade própria ao Twitter e nos aproximar da sociedade. Depois surgiu a ideia de levar para o Twitter o linguajar muitas vezes bem-humorado”, afirma o tenente-coronel ao blog #VirouViral. “Foi assim que chegamos a uma linguagem como a usada nos quartéis”, explica.
Segundo o militar, a ideia ajuda a desfazer uma imagem errada que a população tem dos militares. “O desconhecimento da instituição faz com que muitos vejam o Exército de forma rígida.”
Segundo ele, o caso de Marcos trouxe frutos para a página. “Somente na última semana tivemos um aumento de seguidores equivalente a dois meses. Os 5.000 novos seguidores nesses últimos dias mostram que a estratégia tem sido um sucesso”.
Para chegar ao cargo em que está, Paulo Souza passou por uma longa trajetória. “Fui aprovado em concurso público de âmbito nacional. Isso me permitiu cursar a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, no ano de 1991, e a Academia Militar das Agulhas Negras, entre os anos de 1992 e 1995. Também fiz curso de gestão de mídias sociais, pós-graduação em modernos sistemas de telecomunicação, pela UFF (Universidade Federal Fluminense), e em Comunicação nas Redes Sociais, pelo UniCeub”, diz.