‘O Grinch’: um simpático conto natalino
É tudo muito conhecido e portanto previsível, mas o visual deslumbra, e a ação mantém o ritmo

(The Grinch; Estados Unidos; 2018. Em cartaz no país a partir da quinta-feira 8) O escritor e ilustrador americano Theodor Seuss Geisel, mais conhecido como Dr. Seuss (1904-1991), criou um universo muito particular de seres esquisitos mas cativantes, cujas histórias são contadas em versos simples, fáceis de memorizar. Uma de suas criaturas mais populares é o monstro verde e mesquinho que tenta estragar o Natal da cidade de Quemlândia, mas acaba se rendendo ao espírito solidário da data. Em 2000, o Grinch foi vivido, em filme, por Jim Carrey, que imprimiu seu histrionismo sem limites ao personagem. Agora, ele retorna em uma animação da Illumination — o estúdio dos Minions —, que já havia visitado a obra de Dr. Seuss no conto ecológico O Lorax, em Busca da Trúfula Perdida, de 2012. A adaptação dá mais peso à personagem de Cindy Lou, a doce menina que quer encontrar o Papai Noel, e acrescenta um coadjuvante animal simpático porém dispensável — uma rena gorda (o cãozinho Max, que já existia na história original, é impagável). É tudo muito conhecido e portanto previsível, mas o visual deslumbra, e a ação mantém o ritmo. O adulto que acompanhar as crianças ao cinema não sairá da sala entediado nem irritado.