Masp recebe intervenção feminista das Guerrilla Girls
Exposição conta com retrospectiva da obra das ativistas da 'máscaras de gorila', e painel exclusivo para a passagem por São Paulo

Desde esta sexta-feira (29), o Museu de Arte de São Paulo (MASP) recebe a intervenção feminista das Guerrilla Girls, grupo de ativistas que explora a desigualdade de gênero na arte. O movimento ganhou destaque nos anos 1980, com obras que usavam imagens absurdas para expor o preconceito e a corrupção na política, na arte, cinema e cultura pop. Anônimas, as autoras fazem todas as aparições públicas vestidas com máscaras de gorilas.
A exposição contará com 116 trabalhos do grupo, entre eles os célebres painéis As Vantagens de Ser uma Artista Mulher (1988/2017) e As Mulheres Precisam Estar Nuas para Entrar no Met. Museum? (1989). O último ganhou uma variante inédita para a passagem por São Paulo, baseada no contrastante número de trabalhos assinados por mulheres no museu (6%), e a quantidade de obras expostas com nus femininos (60%).

O movimento nasceu como resposta a uma exposição no Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York em 1984, que propunha um panorama internacional da arte contemporânea. No entanto, dos 165 artistas expostos, apenas treze eram mulheres.
A mostra ficará em cartaz até 14 de fevereiro de 2018 e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas. Nas quintas-feiras, o horário se estende até as 20 horas. As entradas devem ser adquiridas na bilheteria do MASP por 30 reais, com possibilidade de meia-entrada para estudantes, professores e maiores de 60 anos. Crianças com menos de 10 anos não pagam entrada.