‘Linhas da Vida’, de Chiharu Shiota: deleite visual à moda japonesa
Exposição atualíssima se assenta em técnicas seculares dos artesãos japoneses, como o uso de fios e de papel

(em cartaz a partir da quarta-feira 13 no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo) Na geografia da arte contemporânea, há instalações — aqueles conjuntos engraçadinhos que atulham as bienais da vida — e instalações. Talentos como a japonesa Chiharu Shiota engrandecem a modalidade tão barateada por aí. Engrandecer, aliás, é coisa quase literal aqui: a artista de 47 anos, nascida em Osaka e radicada em Berlim, cria obras imensas que inebriam com sua aparência de teias vertiginosas suspensas no espaço. A obra de Chiharu é atualíssima, mas se assenta em técnicas seculares dos artesãos japoneses, como o uso de fios e de papel. Algumas das setenta instalações espetaculares — que mais adiante passarão pelo Rio e por Brasília — consumiram 4 000 novelos de lã para ser elaboradas.
