‘Heartstopper’ amadurece junto a seus personagens em terceira temporada
Em episódios inéditos, a série aborda os desafios da pós-adolescência sem perder seu alto astral característico
Heartstopper — terceira temporada (disponível na Netflix)
Surgida em 2022 num mundo que ainda juntava os cacos da pandemia e se revelava extremamente dividido na política e nos costumes, Heartstopper venceu pelo alto-astral: com clima de genuína torcida otimista, a série britânica fala de jovens na tenra idade imersos em questões aflitivas típicas, da descoberta da homossexualidade a transtornos mentais — mas que, apesar dos pesares, têm o direito de ser felizes. Em sua terceira temporada, o seriado está pronto para amadurecer junto a seus adoráveis personagens — agora pós-adolescentes que encaram de peito aberto seus impulsos românticos e os desafios impostos pela passagem do tempo e pelas tensões psicológicas. Com isso, ganham fôlego também os intérpretes da narrativa, atualmente já na faixa dos 20 anos — e mais hábeis no equilíbrio entre a atitude positiva inquebrantável e a naturalidade. Joe Locke, em especial, brilha como o ansioso Charlie, que tem de lidar com os sentimentos pelo namorado em meio à anorexia e às crises de TOC. Entre esses e outros conflitos íntimos, a nova leva de episódios engrossa o caldo de produções inglesas transparentes quanto às agruras dos jovens, de Sex Education a My Mad Fat Diary. Mas jamais perde seu maior diferencial: celebrar a alegria de viver. Não importa o problema, o universo sempre encontrará uma solução justa, comovente e libertadora.
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