Harry Dean Stanton em Lucky: ceticismo, teimosia e independência
Estreia nos cinemas o penúltimo filme do ator, que morreu em setembro

(Estados Unidos, 2017. Já em cartaz no país) Morto em 15 de setembro, aos 91 anos, Harry Dean Stanton foi um ator cuja aparência singular se combinava com grandes reservas dramáticas. No penúltimo filme que rodou, ele encarna uma espécie de avatar seu: o cético, teimoso, independente e irresistível Lucky, que faz ginástica todas as manhãs, vive de café, leite e bloody mary, está sempre tentando acender cigarros onde não é permitido e troca farpas com velhos amigos (como o interpretado pelo diretor David Lynch) e com o médico (Ed Begley Jr.) que o diagnostica com um caso irreversível de velhice. Estreia na direção de John Carroll Lynch, o filme é uma declaração de amor de um ator para outro, verdadeiramente único.