Clássico de Cronenberg ganha visão feminina com gêmeas de Rachel Weisz
Minissérie 'Gêmeas: Mórbida Semelhança' reescreve os desvios éticos da obra original com mulheres que sonham em revolucionar a fertilidade
Gêmeas: Mórbida Semelhança (Disponível no Amazon Prime Video) Em 1988, o diretor canadense David Cronenberg recrutou o inglês Jeremy Irons para um filme que se tornaria clássico em seu currículo de adoráveis esquisitices: a partir dos dois irmãos do título, Gêmeos: Mórbida Semelhança fala de ética médica, vício e misoginia. Quase quarenta anos depois, a dramaturga Alice Birch foi atrás de Rachel Weisz para levar essa história a um formato de minissérie — e com olhar feminino. Nela, as irmãs Mantle têm como sonho revolucionar a fertilidade das mulheres, mas antes precisam enfrentar as elites médicas, além de turbulências causadas por seu triângulo obsessivo com uma atriz. O remake não ameniza os desvios éticos do original: tão pervertidas quanto os gêmeos de Irons, as médicas de Weisz se corrompem em nome de desejos pessoais e de poder.