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Wolf Maya: ‘Sou mais homoafetivo do que homossexual’

Aos 71 anos, ex-diretor da Globo é o convidado do programa semanal da coluna GENTE. Ele fala da saída da TV, de novela espírita e de 'teste do sofá'

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jun 2025, 13h56 - Publicado em 30 jun 2025, 12h00

Desde que saiu da TV Globo, em 2015, Wolf Maya, 71 anos, tem se mantido no ar. Explica-se: as novelas que dirigiu volta e meia são reprisadas na emissora e, não por acaso, mantêm interesse de um público fiel. A viagem, por exemplo, reprisada agora pela quinta vez, tem batido tramas como o remake de Vale Tudo. Há alguns anos, o diretor investiu em curso de preparação de atores, entre Brasil e Portugal, descobrindo uma leva de novos e talentosos nomes. A eles Wolf se dedica ultimamente. Convidado do programa semanal da coluna GENTE (disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ e também na versão podcast no Spotify), Wolf fala sobre a crise atual da audiência na TV aberta, comenta como foi sair da emissora na qual esteve por mais de trinta anos, desmonta as lendárias suspeitas de “testes de sofá” que teriam acontecido nos bastidores das produções globais e explica como encara sua sexualidade – assunto que diz tratar abertamente com os alunos mais jovens que, a seu ver, lidam sem tabus com os rótulos antes estigmatizadores na indústria audiovisual.

SUCESSO DE ‘A VIAGEM’. “Quando falamos da A Viagem, ela foi colocada em um momento muito delicado no ar. Apresentamos A Viagem em uma emissora extremamente católica. Na verdade, tive que camuflar o roteiro de A Viagem porque a Globo sempre foi uma emissora ligada à Igreja, que nunca tinha feito uma obra espiritualista maior, com dimensão de catarse popular, como é uma novela. Então tive muito cuidado em fazer isso. Cheguei no (Alan) Kardec, na doutrina espírita, muito sutilmente. Não queria fazer uma novela doutrinária, queria uma novela de emoção, uma novela com traumas, com tramas, com ganchos, como diz respeito a um folhetim tradicional”.

SAÍDA DA TV GLOBO. “Tenho saudade da televisão e a televisão tem saudade de mim. Vivo recebendo carinho de espectadores, de público me querendo de volta, quando volta (a ser exibida) uma novela minha recebo uma chuva de elogios e cumprimentos. Mas planejei meus 30 anos de TV Globo. Entrei na TV Globo com menos de 30 anos e sai com 60. Já era para ter saído antes, e aí consegui levar até 2016, 2017. Implantei a minha primeira escola em São Paulo em 2002, foi quando pensei que precisava diminuir as atividades na televisão. De 2002 ainda fiquei mais 10 anos, até 2012, quando implantei a escola no Rio de Janeiro”.

INFLUENCERS NA ATUAÇÃO. Não é criticá-los só, é saber que isso não é tudo. Aqui na minha escola, todo semestre vem uma leva de novos atores, e tem muitos influencers, que às vezes já tiveram algum sucesso pessoal e que querem ampliar sua possibilidade de comunicação, a sua dramática, a sua cultura, o acesso à arte cênica. Convivo sem nenhum preconceito e acho absolutamente natural, desde que tenha dimensão da inteligência da comunicação. Se é um comunicador inteligente que pretende ampliar essa comunicação, é sem dúvida um artista, um comunicador”.

TESTE DO SOFÁ. “Isso é uma imaginação. Acho que fui lesado (risos). Porque tenho fama de lançar tanta gente nova e não me lembro de ninguém que tenha lançado por causa de um sofá. A última coisa que me interessava era o sofá, até porque a gente não tinha nem tempo de cair no sofá. Sempre fui casado. Durante o processo todo, tive duas filhas, de dois casamentos diferentes. E outros casamentos também. Toda forma de amor vivi na minha vida, e sempre fui muito envolvido com a minha vida particular. A minha vida no trabalho não fazia parte da sedução. Nem afetiva, nem sexual, e nem sequer comportamental. Apesar de trabalhar o tempo inteiro com libido, com liberdade, com sensibilidade, com sexualidade”.

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FESTINHAS PRIVÊ. “Às vezes que a gente (os artistas) tinha relações pessoais, a gente queria se divertir. Eu tinha uma casa que dava umas festas de vez em quando no final de novela, no início de novela. Fantasiavam que acontecia de tudo nessa festa, nada, acontecia o prazer enorme em zoar e não ter ninguém fotografando, em gritar, beber, porque tínhamos concluído uma obra de sucesso. Essa é a minha vida. Sou índio, brasileiro e gosto de comemorar”.

FELIZ SEM JULGAMENTOS. “Sou mais homoafetivo do que homossexual, já cheguei a essa conclusão muito tempo atrás. Na verdade, tenho grandes amigos. Mas a sexualidade… Sempre gostei de uma sexualidade perto, criativa e gosto muito de filhos. Podia ter 4 ou 5, é que na época que comecei as minhas relações, eu era muito sem esperança para as meninas, minhas mulheres, para os meus amores, e aí tiraram os filhos. Já tirei uns 3 filhos que poderiam estar aí vivos e adoraria que tivessem. Mas tenho duas maravilhosas e um de criação maravilhoso também. Essa relação da sexualidade comigo é resolvida há muito tempo, por mais que hoje seja uma bissexualidade. Sem dúvida, acho que o ser humano naturalmente é bissexual. Mas declarar isso significa assinar um termo de sexualidade particular. A minha sexualidade não interessa, convivo muito bem com ela. Sou feliz”.

SEPTUAGENÁRIO. “A idade pesa quando começa alguma coisa de ‘não posso jogar mais a bola que eu jogava’, ‘não tenho mais o fôlego para mergulhar o que mergulhava’, ‘não consigo mais fazer caminhadas ou bike’. E eu estou conseguindo tudo isso. Tenho uma medicina ortomolecular maravilhosa e consigo praticar tudo que sempre pratiquei desde os 50 anos. Então estou protelando isso”.

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Sobre o programa semanal da coluna GENTE. Quando: vai ao ar toda segunda-feira. Onde assistir: No canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ ou no canal VEJA GENTE no Spotify, na versão podcast.

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